Planalto minimiza impacto do PL da Dosimetria na revogação das sanções a Moraes

O Palácio do Planalto minimiza qualquer relação entre a aprovação do PL da Dosimetria — que reduz penas para condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023 — e o recuo do governo Trump na imposição de sanções contra o ministro Alexandre de Moraes.

### Contexto do recuo das sanções

O governo dos EUA, sob Donald Trump, revogou sanções na sexta-feira (12/12), incluindo restrições a vistos de Moraes e outras autoridades brasileiras (como juízes do STF, PF e PGR), além de redução parcial de tarifas sobre produtos brasileiros. Auxiliares de Lula atribuem a decisão a negociações diretas: uma ligação telefônica em 2 de dezembro e um encontro presencial em novembro na Malásia, nos quais Lula pediu explicitamente o fim das sanções e tarifas. As medidas americanas foram uma resposta política à prisão de Jair Bolsonaro.

### Posição do Planalto sobre o PL da Dosimetria

O entorno de Lula descarta ligação entre o PL e o recuo de Trump, enfatizando que a revogação resulta apenas do diálogo bilateral. O governo avalia vetar o projeto, aprovado pela Câmara em 9 de dezembro.

### Detalhes do PL da Dosimetria (PL 2162/23)

Aprovado pela Câmara, o texto segue para o Senado, onde o presidente Davi Alcolumbre prometeu votação rápida \”este ano ainda\”, com possíveis alterações para limitar seu alcance. Principais mudanças incluem:

O PL é visto como alternativa à anistia plena desejada pela oposição, com apoio de Hugo Motta como \”antipolarização\”. Se sancionado, beneficia retroativamente condenados do 8/1 e do \”Núcleo 1\” (tentativa de golpe).

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