
A família do pescador colombiano Alejandro Carranza, desaparecido e presumidamente morto após um ataque com mísseis realizado por um drone militar dos Estados Unidos no mar do Caribe em 15 de setembro de 2025, apresentou uma denúncia formal contra os EUA à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). A acusação se baseia na alegação de que o bombardeio ocorreu em águas colombianas, infringindo, portanto, a soberania do país.
A situação se agravou quando a comunidade local, composta por pescadores e familiares, relatou que a embarcação de Carranza estava a deriva e não apresentava nenhuma ameaça, o que contradiz as justificativas das autoridades americanas sobre a operação, que estava supostamente focada em atividades de narcotráfico. As informações indicam que a lancha do pescador não tinha vínculos com atividades criminosas conforme alegado pelos EUA, levantando questionamentos sobre a legalidade da ação militar.
De acordo com os relatos, Alejandro Carranza, um pescador artesanal de 40 anos, desapareceu no momento em que sua embarcação foi alvo de um ataque militar na região do Caribe, próximo à costa colombiano-venezuelana. Esse episódio, além de afetar diretamente a vida de uma família, também repercutiu em nível diplomático, acendendo discussões sobre a soberania marítima e os direitos humanos.
O presidente colombiano, Gustavo Petro, tem sido vocal em sua oposição a esses ataques, considerando-os uma invasão da soberania colombiana e um risco para a vida de civis. Ele e sua administração têm pressionado por uma investigação internacional e responsabilidade dos EUA quanto aos efeitos colaterais mortais de suas operações na região, enfatizando a necessidade de respeito à vida humana mesmo em operações de combate ao narcotráfico.
A denúncia formal apresentada à CIDH marca um capítulo significativo nas relações entre a Colômbia e os Estados Unidos, especialmente em um contexto onde os direitos humanos estão em pauta. Muitas vozes se levantaram, não apenas em apoio à família Carranza, mas também em busca de uma revisão das políticas de combate ao narcotráfico que resultam em prejuízos a civis inocentes.
Além disso, a situação de Carranza levanta a questão da responsabilidade dos EUA em suas operações militares no Caribe, onde alegações sobre nações sofredoras de ataques não autorizados começam a emergir. Esses incidentes geram um impacto não apenas nas vítimas diretas, mas também nas comunidades que dependem do mar para subsistência e que muitas vezes se encontram em meio a operações militares sem serem parte do conflito.
As repercussões do caso cem Alejandro Carranza vão além das fronteiras da Colômbia. Repercutindo em níveis de organismos internacionais, ele traz à tona a necessidade urgente de garantir que ações militares não coloquem em risco a vida de civis e que haja um canal de revisão e responsabilização em relação a esses casos.
Em suma, o desaparecimento do pescador colombiano após um ataque dos EUA no Caribe resultou em uma denúncia formal à CIDH, destacando a complexidade da relação entre soberania nacional e as operações de combate ao narcotráfico. Esse caso chama a atenção para como operações militares podem ter consequências devastadoras para civis inocentes, o que exige uma reavaliação das políticas de uso da força em contextos de segurança regional.