Operação da PF na Câmara mira ex-assessora de Arthur Lira

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira (12) a **Operação Transparência**, cumprindo dois mandados de busca e apreensão na Câmara dos Deputados contra **Mariângela Fialek**, conhecida como “Tuca”, ex-assessora do deputado Arthur Lira (PP-AL).

As buscas ocorreram em salas da Câmara utilizadas por Tuca, no gabinete da presidência do PP, onde ela trabalha atualmente, e em sua residência; seu celular foi apreendido. As diligências, autorizadas pelo ministro **Flávio Dino**, do Supremo Tribunal Federal (STF), investigam irregularidades na destinação de emendas parlamentares, incluindo o que é conhecido como “orçamento secreto”.

Tuca é apontada como responsável por enviar ordens a comissões para liberar emendas, especialmente para Alagoas, estado de origem do deputado Lira. O embasamento das investigações se dá por meio de depoimentos de seis deputados — Glauber Braga, José Rocha, Adriana Ventura, Fernando Marangoni e Dr. Francisco — além do senador Cleitinho Azevedo.

Embora **Arthur Lira não seja um alvo formal** da operação, as investigações sugerem um “redirecionamento forçado” de recursos por ele, considerando que Tuca ocupou cargos estratégicos na Câmara desde 2020, por indicação do próprio deputado.

Os crimes sob investigação incluem pe­culato, falsidade ideológica, uso de documento falso e corrupção. A PF justificou as buscas pela ausência de mensagens em aparelhos e nuvens, mesmo diante de indícios de crimes encontrados anteriormente, como quebra de sigilo telemático de Tuca.

A assessoria de Lira foi procurada, mas até o fechamento desta matéria não se manifestou sobre a operação.

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