Motta reage a críticas e diz que retirada de jornalistas seguiu protocolos de segurança

O deputado Hugo Motta reagiu às críticas sobre a retirada de jornalistas da Câmara dos Deputados, afirmando que a ação seguiu protocolos de segurança e que não houve intenção de limitar o trabalho da imprensa. Ele lamentou os transtornos causados aos profissionais durante a operação de remoção do deputado Glauber Braga do plenário e anunciou que os relatos feitos serão incorporados a uma apuração interna para avaliar possíveis excessos nas medidas adotadas.

No entanto, as críticas são contundentes. Jornalistas relataram terem sido afastados de forma truculenta e agredidos pela Polícia Legislativa durante a operação, e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) classificou a expulsão como um cerceamento grave da liberdade de imprensa. A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) informou que acionará a Procuradoria-Geral da República (PGR) e o Conselho de Ética contra Hugo Motta, considerando as ações um possível crime de responsabilidade, e denunciou a violência da Polícia Legislativa contra os profissionais.

Motta chegou a marcar uma reunião com o Comitê de Imprensa da Câmara para tratar do assunto, mas cancelou alegando falta de tempo. A Câmara alegou que a retirada dos jornalistas foi um procedimento para garantir a segurança dos presentes durante o tumulto provocado pela ocupação da mesa da presidência pelo deputado Glauber Braga, que se recusava a deixar seu lugar durante a votação da cassação de seu mandato.

Em resumo, Motta defende a ação como necessária à segurança e não restritiva ao jornalismo, enquanto entidades representativas da imprensa e associações denunciam a truculência da operação, alegam cerceamento do direito à informação e buscarão medidas judiciais. A apuração interna da Câmara visa analisar eventuais excessos ocorridos.

Sair da versão mobile