Moraes indica presídio onde Zambelli ficará no Brasil. Veja fotos

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), indicou a Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF), comumente conhecida como Colmeia, em Brasília, como o local onde a deputada federal Carla Zambelli deverá cumprir pena, caso seja extraditada da Itália. A escolha desse presídio se relaciona ao fato de que Zambelli possui domicílio em Brasília, e essa informação integral faz parte do processo de extradição que está em andamento com a justiça italiana.

Em um contexto mais amplo, Zambelli foi condenada a uma pena de 10 anos de prisão em regime inicialmente fechado devido a sua participação na invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2023. A deputada atuou como autora intelectual dessa invasão, por meio de ações coordenadas com Walter Delgatti. Desde a condenação, Zambelli fugiu do Brasil e foi capturada em Roma em julho de 2025.

O julgamento a respeito de sua extradição está suspenso e deverá ser retomado em 18 de dezembro de 2025. As autoridades italianas requisitaram detalhes adicionais sobre as condições de custódia que Zambelli enfrentaria no Brasil, sendo esse um aspecto crucial para o seu retorno ao país.

O relatório da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal fornece um detalhamento relevante sobre a estrutura da Colmeia, elencando diversos aspectos que garantem a segurança e o bem-estar das detentas. A penitenciária se destaca por contar com policiais penais concursados, com formação específica no manejo da segurança prisional. Até o presente momento, não houve registros de rebeliões ou incidentes graves nas instalações.

Além da segurança, a assistência oferecida na Penitenciária Feminina do Distrito Federal inclui atendimento médico, a disponibilização de cursos técnicos e a promoção de atividades educacionais, tudo em conformidade com os padrões de salubridade estabelecidos pela Lei de Execuções Penais. A estrutura interna da penitenciária é organizada de forma a permitir uma separação criteriosa entre os diferentes perfis de presas, levando em conta vulnerabilidades específicas e os riscos associados.

O relatório também menciona a existência de alas distintas que garantem a proteção individualizada da integridade física e moral das detentas. A combinação de segurança rigorosa com programas de educação e reabilitação é enfatizada como um dos aspectos mais positivos da Colmeia.

Quanto às fotos relacionadas à penitenciária, documentos oficiais que foram enviados à justiça italiana incluem imagens institucionais da Colmeia, retratando diversos ambientes internos, como corredores e salas de aula para treinamento educacional. Entretanto, não foram identificadas imagens de áreas restritas ou celas nos resultados acessíveis, demonstrando uma abordagem de transparência em relação às condições dentro da penitenciária.

Dessa forma, a indicação de Moraes referente à detenção de Zambelli neste espaço reflete não apenas um aspecto jurídico, mas também a busca pela garantia de direitos e reintegração social das presas, aspectos fundamentais no discurso atual sobre a reforma do sistema penitenciário brasileiro.

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