
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou nesta terça-feira (2 de dezembro de 2025) por telefone com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a retirada da sobretaxa de 40% imposta pelo governo norte-americano a alguns produtos brasileiros. Segundo o Palácio do Planalto, a conversa foi “muito produtiva” e durou cerca de 40 minutos.
Lula afirmou que deseja “avançar rápido” nas negociações para acabar com a sobretaxa, destacando que, embora parte das tarifas já tenha sido revogada – abrangendo itens como café, frutas tropicais, sucos, cacau, especiarias, banana, laranja, tomate e carne bovina – ainda existem outros produtos tarifados que precisam ser discutidos entre os dois países.
Além da questão tarifária, os líderes trataram da cooperação entre Brasil e EUA no combate ao crime organizado internacional. Lula ressaltou a urgência em reforçar essa parceria e mencionou recentes operações do governo brasileiro para “asfixiar financeiramente” o crime organizado, identificando ramificações que atuam a partir do exterior. Trump expressou disposição em apoiar iniciativas conjuntas nesse sentido.
A decisão dos EUA de retirar parte das tarifas foi influenciada por diálogos recentes entre os dois presidentes, incluindo um encontro na Malásia em outubro e outros contatos telefônicos, seguidos de negociações entre as equipes dos dois países.
Estas conversas representam um avanço significativo nas relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos, que têm enfrentado tensões nos últimos anos. A sobretaxa havia sido imposta em retaliação a decisões do Brasil que, segundo Trump, prejudicariam interesses norte-americanos. Ao abordar diretamente este tema, Lula busca reestabelecer um relacionamento mais harmonioso e colaborativo.
Em resposta às tarifas, o governo brasileiro trabalhou em diversas frentes para mitigar os impactos econômicos. A redução das sobretaxas já tinha mostrado sinais de progresso, mas a comunicação direta entre os presidentes é vista como essencial para acelerar esse processo. A expectativa é que novas discussões deem continuidade a esse avanço e criem um ambiente mais favorável para o comércio bilateral.
Além da economia, a colaboração na segurança entre os dois países tem ganhado destaque. Com o crescimento do crime organizado transnacional, a troca de informações e estratégias se torna crucial. A parceria entre os dois primeiros mandatários pode resultar em um fortalecimento das ações conjuntas para combater essa problemática global.
A conversa também aponta para uma visão mais ampla da política externa brasileira, que busca diversificar suas relações comerciais e diplomáticas. O relacionamento mais próximo com os Estados Unidos, um dos principais parceiros comerciais do Brasil, é um componente importante da estratégia de Lula em busca de investimentos e crescimento econômico.
Com as conversas acerca da retirada da sobretaxa, Brasil e EUA demonstram um empenho em reverter décadas de desentendimentos e criar um futuro de cooperação mútua, que beneficie os dois países. O desfecho positivo dessas negociações poderá abrir novas oportunidades para diversos setores da economia brasileira, proporcionando um ambiente mais estável e previsível para o comércio internacional.