Jornalistas fazem ato contra censura e agressões na Câmara

Jornalistas realizaram no dia 10 de dezembro de 2025 um ato na Câmara dos Deputados para protestar contra censura e agressões cometidas pela Polícia Legislativa durante a sessão de 9 de dezembro. Na ocasião, o sinal da TV Câmara foi cortado de forma abrupta, impedindo a transmissão ao vivo, e jornalistas, cinegrafistas e fotógrafos foram retirados à força do plenário, sofrendo puxões, cotoveladas e empurrões, com alguns precisando de atendimento médico.

A censura e as agressões ocorreram durante a retirada forçada do deputado Glauber Braga da presidência da Casa, quando também houve proibição da presença de outros parlamentares no plenário e ordens para censurar a cobertura da imprensa, lideradas pelo presidente da Câmara, Hugo Motta. Entidades como a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP) e Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) repudiaram os ataques, anunciaram ações judiciais contra Motta e exigem a apuração rigorosa e punição dos responsáveis.

O protesto dos jornalistas reforçou reivindicações pela liberdade de imprensa, ambientes seguros para trabalho jornalístico e o fim das práticas que prejudicam a democracia, denunciando a repressão interna no Congresso Nacional. Hugo Motta, presidente da Câmara, enviou uma assessora para tratar com a imprensa e afirmou ter aberto apuração sobre excessos na cobertura, mas não se reuniu diretamente com os jornalistas.

Durante o ato, foram levantadas bandeiras simbolizando a luta pela liberdade de expressão, com jornalistas de diversas veículos de comunicação se unindo em um clamor contra a intimidação de seu trabalho. As vozes ecoaram em defesa de um direito fundamental: o de informar com liberdade e assegurar a transparência dos atos governamentais.

Em resumo, o ato foi uma manifestação em defesa da liberdade de imprensa contra censura e agressões físicas e institucionais registradas na Câmara dos Deputados em dezembro de 2025. O momento evidencia a necessidade urgente de diálogo entre poderes e a sociedade, visando um ambiente mais seguro para o exercício do jornalismo e a preservação dos direitos democráticos.

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