
A inflação dos alimentos consumidos em casa caiu 0,2% em novembro de 2025, marcando o sexto recuo consecutivo nesse segmento, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa queda contribuiu para uma inflação anual acumulada de 1,29% em 2025 e de 2,48% em 12 meses, o menor nível desde fevereiro de 2024.
Entre os grupos que registraram as maiores quedas em novembro estão tubérculos, raízes e legumes, que apresentaram uma redução de 2,77%. Seguiram-se os produtos lácteos, com uma queda de 2,27%, e os cereais, leguminosas e oleaginosas, que despencaram 2,22%.
Apesar da queda na inflação dos alimentos consumidos em casa, a alimentação fora do domicílio subiu 0,46% em novembro, acumulando uma alta de 7,60% ao longo de 12 meses. Quando considerados juntos, os alimentos e bebidas totalizaram uma queda discreta de 0,01% em novembro, mas com uma alta de 3,88% nos últimos 12 meses.
Em 2025, a inflação dos alimentos foi fortemente pressionada por condições climáticas adversas e quebras de safra, que levaram o indicador do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) a um pico de 7,81% acumulado em 12 meses em abril. Produtos como tomate, que registrou uma queda de 10%, leite com -4,9%, arroz com -3% e café com -1,3% se destacaram entre os que mais contribuíram para a redução dos preços em novembro.
Essas quedas nos preços ajudaram a conter a inflação geral do mês, que se fixou em 0,18%, movimentando o IPCA de volta ao limite da meta do governo de 4,5% para o ano. O cenário representa um alívio no bolso das famílias brasileiras, que enfrentaram períodos de preços elevados e incertezas econômicas nos últimos anos.
O resultado positivo na redução da inflação dos alimentos em casa é visto como um reflexo das políticas de incentivo à produção agrícola, bem como da estabilização do clima, o que favoreceu as colheitas e, consequentemente, a oferta de produtos essenciais no mercado. No entanto, a disparidade entre a alimentação dentro e fora do domicílio continua a preocupar, especialmente em um cenário econômico onde muitos brasileiros ainda enfrentam dificuldades financeiras.
Com as estimativas apontando para uma continuidade na desaceleração dos preços de alimentos, o olhar se volta agora para as medidas que podem ser adotadas pelos formuladores de políticas para garantir que essa tendência se mantenha, ao mesmo tempo em que abordam os desafios mais amplos da economia brasileira.



