
A **dezembrite** é um termo que tem se tornado comum no vocabulário popular para descrever um conjunto de sentimentos negativos que muitas pessoas experimentam no final do ano, especialmente durante o mês de dezembro. A síndrome é caracterizada pela manifestação de emoções como tristeza, melancolia, ansiedade, estresse e irritabilidade; aspectos que se tornam mais evidentes quando se faz uma reflexão sobre o ano que passou, as expectativas não realizadas, e o peso das celebrações de fim de ano.
Embora tenha ganhado notoriedade, é importante destacar que a dezembrite não é reconhecida oficialmente como um diagnóstico clínico. Não consta em manuais diagnósticos como o DSM (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais). O termo é um neologismo que surgiu para nomear uma experiência comum e não patológica vivida por muitas pessoas nesse período festivo.
Os sintomas da dezembrite podem variar, mas costuma-se observar um aumento na incidência de sentimentos como:
- Tristeza e melancolia persistentes;
- Aumento da irritabilidade e do estresse;
- Diminuição de energia;
- Dificuldade para dormir;
- Sensação de solidão;
- Frustração e angústia.
Os fatores que desencadeiam esses sentimentos são diversos. A pressão para organizar festas de fim de ano e presentear amigos e familiares, bem como a comparação com a vida de terceiros — amplamente exacerbada pelas redes sociais —, podem intensificar o mal-estar emocional. Além disso, o processo de reencontro familiar e as lembranças de perdas podem ser disparadores de um estado emocional desgastante. Muitas pessoas também fazem reflexões sobre metas não alcançadas e criam expectativas de renovação para o novo ano, o que pode resultar em um ciclo de insatisfação.
Lidar com a dezembrite requer estratégias que ajudem a minimizar os impactos emocionais. Práticas de autocuidado são essenciais. Isto pode incluir:
- Realizar uma autoavaliação sem julgamento, refletindo sobre as conquistas e as metas não cumpridas ao longo do ano;
- Valorizar as pequenas e grandes conquistas, promovendo uma visão mais gentil e realista sobre si mesmo;
- Focar no presente, em vez de se perder em expectativas para o futuro;
- Buscar apoio emocional, seja de amigos e familiares ou, em casos mais intensos, de um profissional de saúde mental.
Se os sintomas de dezembrite se tornarem intensos ou persistentes, é crucial procurar ajuda profissional. A condição pode agravar problemas emocionais preexistentes, como depressão ou ansiedade, exigindo atenção especializada.
Em resumo, a dezembrite é uma maneira de nomear o mal-estar emocional que muitas pessoas sentem no fim do ano. Embora seja uma experiência comum, não deve ser banalizada, visto que pode afetar significativamente a qualidade de vida. Reconhecer e compreender esses sentimentos é o primeiro passo para lidar com eles de forma saudável e construtiva.
Portanto, ao se deparar com a dezembrite, é fundamental lembrar que o cuidado emocional é tão importante quanto as celebrações festivas, e buscar formas saudáveis de lidar com esses desafios pode transformar o fim de ano em um momento de reflexão e renovação pessoal.