CNI projeta crescimento do PIB de 1,8% em 2026

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou uma projeção que sinaliza um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil de 1,8% para o ano de 2026. Esta expectativa ocorre em um contexto marcado por uma desaceleração econômica, após um avanço estimado de 2,5% para 2025.

O crescimento moderado previsto para 2026 deve-se a uma série de fatores que incluem a alta taxa de juros, que deverá encerrar o ano em 12% ao ano, apresentando uma diminuição gradual a partir dos atuais 15%. Além disso, a inflação está projetada em 4,1%, dentro da meta estabelecida pelo governo brasileiro, que contempla uma banda de tolerância. Essa realidade de juros reais elevados, com uma média de 7,9%, vem restringindo investimentos e limitando a atividade econômica, especialmente no setor industrial, que deve experimentar um crescimento reduzido de apenas 0,5% em 2026.

Apesar desse cenário desafiador, a CNI ressalta que o crescimento será sustentado principalmente pelo setor de serviços, assim como por nichos específicos dentro da indústria. Contudo, a fragilidade da demanda interna, associada ao alto custo do crédito, pode dificultar um desempenho mais robusto dos setores produtivos.

A previsão da CNI também inclui uma projeção de superávit comercial para 2026, que pode oscilar entre US$ 56,7 bilhões e US$ 66,2 bilhões, dependendo das estimativas consideradas. Isso representa uma leve variação em relação aos dados previstos para 2025, indicando que o comércio exterior poderá apresentar resiliência mesmo em um ambiente econômico desafiador.

Essas projeções vêm à tona em um momento em que as entidades econômicas e governamentais buscam estratégias que incentivem os investimentos e fortaleçam os setores que estão sendo pressionados por um ambiente econômico mais adverso. Assim, a CNI destaca a necessidade de políticas públicas que possam estimular o crescimento e expandir a capacidade produtiva do país.

Além disso, os analistas econômicos apontam a importância de um diálogo mais efetivo entre o governo e o setor produtivo, a fim de criar um ambiente que não apenas favoreça a manutenção do emprego, mas que também incentive inovações e a recuperação de setores estratégicos.

Em suma, enquanto a previsão de um crescimento modesto do PIB para 2026 reflete a atual realidade econômica do Brasil, demonstra também a resiliência de determinados setores e a vitalidade do mercado interno, proporcionando oportunidades para um futuro mais promissor, contanto que sejam implementadas as medidas corretas de apoio às políticas econômicas e de investimento no país.

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