Chuva forte alaga ruas e derruba árvores em Belo Horizonte

A cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais, está enfrentando sérios transtornos devido a chuvas intensas que atingiram a região em 13 de dezembro de 2025. O volume de água foi classificado como “extremamente forte” pela Defesa Civil, resultando em alagamentos significativos em várias áreas da cidade, especialmente na região da Pampulha.

As chuvas, que ultrapassaram 46,8 mm em apenas uma hora, causaram enxurradas que impediram a passagem de veículos e deixaram diversos carros isolados em postos de gasolina. Ao longo do dia, foram registradas mais de 100 quedas de árvores nas vias públicas, além de destelhamentos e interrupções no fornecimento de energia elétrica.

Dentre os bairros mais afetados pela tempestade estão Liberdade e Santa Mônica, onde a Defesa Civil recebeu 22 chamados relacionados a emergências, incluindo destelhamentos e quedas de árvores. As principais ocorrências elogiaram a agilidade do atendimento, apesar da magnitude dos estragos. A coleta de dados no Centro-Sul indicou que até metade de dezembro, já havia chovido 235,8 mm, o que corresponde a 69,5% da média mensal de precipitação da região.

Nos dias subsequentes, a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indica a continuidade das chuvas intensas, com novas precipitações de 30 a 60 mm/hora e ventos que podem alcançar 100 km/h. A Defesa Civil alerta que o risco de novos alagamentos e deslizamentos de terra se mantém elevado nas áreas afetadas, especialmente nas regiões Oeste, Noroeste e Leste da cidade. Esse cenário requer atenção redobrada da população, que deve evitar áreas de risco e monitorar as condições do solo.

A situação em Belo Horizonte se insere em um contexto mais amplo de desastres relacionados a chuvas no Brasil. Estudos indicam que, nas últimas décadas, houve um aumento significativo de eventos climáticos extremos no país, com a frequência e a intensidade das chuvas triplicando desde 2020. O fenômeno climático tem exigido uma adaptação urgente das cidades, tanto em termos de infraestrutura quanto de políticas públicas voltadas para a prevenção de desastres.

Dados das últimas décadas mostram que os desastres hidrológicos e meteorológicos respondem por mais de 64% dos eventos registrados no Brasil, sendo as inundações a ocorrência mais frequente. No caso de Belo Horizonte, os temporais do início de 2025 já haviam causado a morte de 25 pessoas e exigido emergências em mais de 50 cidades mineiras, mostrando que a cidade e o estado continuam sob risco elevado de desastres ambientais.

Os impactos das fortes chuvas em Belo Horizonte acionaram um alerta sobre a necessidade de políticas públicas eficazes para mitigar danos e proteger a população. Medidas como revisão de sistemas de drenagem urbanos, manutenção de áreas verdes e capacitação da Defesa Civil são essenciais para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas e assegurar a segurança e bem-estar da população Belo-horizontina.

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