Chuvas intensas em Belo Horizonte, registradas desde 8 de dezembro de 2025, causaram alagamentos, quedas de mais de 100 árvores, falta de energia para quase 90 mil clientes e transtornos como ruas intransitáveis e casas inundadas. A situação se agravou com a interdição de diversas vias, dificultando o deslocamento de veículos e pedestres, e provocando sérios desconfortos na rotina dos moradores.
Equipes de bombeiros, da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e da limpeza urbana atuam na remoção de detritos, árvores caídas e na restauração do fornecimento de energia, com foco em bairros como Pampulha, Venda Nova, Santa Mél e Tapuã. O trabalho conjunto busca minimizar os efeitos da forte chuva e garantir a segurança da população.
A Defesa Civil emitiu alertas de risco geológico forte nas regionais Oeste, Noroeste e Leste, e risco moderado em Venda Nova, Pampulha e Centro-Sul. As orientações incluem evitar áreas de risco e a proximidade de postes caídos e árvores que possam afetar a fiação elétrica, dado o potencial de novas chuvas nos próximos dias.
A previsão do tempo indica continuidade de pancadas de chuva, acompanhadas de raios e ventos que podem chegar a 50 km/h nesta segunda-feira (15/12). A temperatura deverá variar até 30°C, com umidade mínima de 50%. O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) emitiu um alerta amarelo para chuvas intensas, com previsão de cortes de energia até 17 de dezembro.
Os acumulados de chuva em Belo Horizonte até 15 de dezembro demonstram um cenário preocupante. Os dados indicam que seis das dez regiões da cidade ultrapassaram metade do volume mensal esperado, o que pode agravar ainda mais os riscos de deslizamentos e alagamentos. A tabela abaixo mostra os volumes acumulados em milímetros (mm) e a porcentagem do esperado para o mês:
- Centro-Sul: 264,9 mm (78,1%)
- Nordeste: 241,6 mm (71,2%)
- Leste: 214,6 mm (63,3%)
- Barreiro: 162,2 mm (47,8%)
- Hipercentro: 153,4 mm (45,2%)
Diante dessa situação extrema, a população é aconselhada a permanecer atenta às orientações das autoridades e a reportar emergências através do telefone 193, que é o contato para os bombeiros na região. As condições climáticas indicam que as autoridades de saúde e segurança continuarão monitorando a situação em tempo real, em busca de proteger os cidadãos.
