
O Brasil vai continuar insistindo em um acordo para incorporar a PrEP injetável de longa duração contra o HIV, especialmente focada no medicamento lenacapavir, da farmacêutica Gilead, que ainda está pendente de registro sanitário no país. Esse medicamento, aplicado a cada seis meses, representa uma inovação importante na prevenção pré-exposição ao HIV, podendo substituir de forma mais eficaz a atual PrEP oral diária, facilitando a adesão dos usuários.
Além do lenacapavir, já existe no Brasil o cabotegravir, registrado e comercializado como Apretude, um medicamento injetável a cada oito semanas que tem sido aprovado para prevenção do HIV e disponível na rede privada. Ele tem mostrado alta adesão e eficácia, sobretudo em populações vulneráveis, e há diálogo para sua incorporação ao SUS, a rede pública de saúde brasileira. A PrEP injetável reduz o estigma e as dificuldades associadas ao uso diário de comprimidos, como esquecimentos ou rejeição social.
O país, que já usa a PrEP oral gratuitamente pelo SUS, vê na PrEP injetável uma oportunidade para melhorar ainda mais a prevenção, aproximando-se das metas globais de controle do HIV, e busca também a transferência tecnológica para fabricação local do lenacapavir, reforçando o compromisso na resposta à epidemia. Contudo, o custo do lenacapavir tem sido apontado como um ponto crítico a ser considerado pela sociedade civil e autoridades.
Em resumo:
- Lenacapavir (aplicado a cada seis meses) é o foco do novo acordo que o Brasil quer firmar para ampliar a prevenção da infecção pelo HIV.
- Cabotegravir (Apretude) já está disponível no mercado privado brasileiro e pode ser incorporado ao SUS em breve.
- A PrEP injetável representa um avanço importante na prevenção do HIV por facilitar a adesão e reduzir o estigma relacionado ao uso diário de medicação oral.
- O Brasil mira avançar em prevenção para atingir metas globais de controle da epidemia e manter sua liderança na resposta ao HIV/Aids.
Com o compromisso renovado, o Brasil se posiciona na vanguarda da luta contra a AIDS, buscando não apenas a adoção de tratamentos inovadores, mas também a inclusão de políticas de saúde pública que promovam a prevenção e o bem-estar da população. A expectativa é que a implementação da PrEP de longa duração traga novos horizontes na luta contra o HIV, beneficiando milhões de brasileiros em risco e contribuindo para um futuro onde a infecção pelo HIV seja cada vez menos prevalente.