
O Brasil amarga a 7ª posição no ranking dos países mais perigosos do mundo em 2025, conforme o levantamento publicado pela ONG Armed Conflict Location & Event Data Project (ACLED). Este ranking, que analisa a mortalidade, o risco para civis, a extensão geográfica dos conflitos e a quantidade de grupos armados atuantes, reflete um cenário preocupante relacionado à segurança pública no país.
A metodologia empregada pela ACLED utiliza quatro indicadores principais para classificar os países: a mortalidade decorrente dos conflitos, o risco enfrentado por civis, a territorialidade das hostilidades e o número de agrupamentos armados operando na região. No caso brasileiro, a violência urbana, especialmente envolvendo facções criminosas e operações de segurança, tem sido um fator preponderante para a ascensão do Brasil neste ranking.
Em 2025, foram registrados cerca de 9.903 eventos violentos no território nacional, refletindo o impacto devastador de confrontos entre organizações criminosas em grandes cidades. Um exemplo notável foi uma operação policial realizada no Rio de Janeiro em outubro, que resultou em mais de 120 mortes, conforme reportado pelos veículos de comunicação que analisam os dados da ACLED.
Além do Brasil, outros países que constam entre os dez mais perigosos do mundo incluem a Palestina, que ocupa a primeira posição, seguida de Mianmar, Síria, México, Nigéria, Equador, Haiti, Sudão e Paquistão. Vale ressaltar que a ordem pode apresentar variações conforme a fonte consultada.
É importante destacar que essa análise não se limita à identificação de países com conflitos armados abertos, mas também inclui nações onde a violência urbana é prevalente. As diferenças nos motivos que colocam o Brasil e o México neste quadro, por exemplo, enfatizam a complexidade e a multifatorialidade da violência em contextos variados.
O relatório da ACLED é um alerta sobre a atual fragilidade das condições de segurança pública no Brasil, exigindo que ações efetivas e políticas públicas mais robustas sejam implementadas para revertê-las. O enfrentamento à criminalidade e à violência nas cidades é um desafio que requer o envolvimento de autoridades e da sociedade civil como um todo, buscando soluções que garantam a proteção do cidadão e a redução dos índices de violência.
A consolidação de dados sobre a violência no país é essencial para o planejamento de estratégias eficazes que visem a paz e a segurança. Eventos violentos não somente afetam os indivíduos diretamente envolvidos, mas também impactam de maneira negativa a sociedade, a economia e a imagem internacional do Brasil.
Este ranking da ACLED não é apenas um espelho da realidade atual, mas um convite à reflexão sobre as medidas que devem ser tomadas urgentemente para enfrentar essa problemática que inquieta a população brasileira.