
O grito \”Basta ao Feminicídio\” é o lema do Levante de Mulheres em São Paulo e em todo o Brasil, que mobilizou várias cidades para protestos contra o aumento dos casos de feminicídio e todas as formas de violência contra a mulher. Em São Paulo, as manifestantes se reuniram no domingo (7) às 14h no Masp para denunciar essas violações e exigir justiça e o fim da impunidade.
Essas manifestações fazem parte de uma mobilização nacional convocada por coletivos, movimentos sociais e organizações feministas, motivada por uma escalada recente de feminicídios no país. Em 2025, o Brasil já contabilizou mais de 1.180 feminicídios e um número expressivo de atendimentos diários pelo Disque 180, canal de denúncias e acolhimento para casos de violência contra a mulher. O presidente Lula também recentemente fez um apelo para que todo o país promova um grande movimento contra a violência de gênero, convocando especialmente os homens a reverterem a cultura de violência que ainda predomina na sociedade.
Portanto, o Levante de Mulheres em São Paulo é parte de um esforço mais amplo e urgente de protesto para exigir o direito das mulheres de viverem com liberdade, respeito e segurança, clamando publicamente: \”Basta de feminicídio, queremos as mulheres vivas\”.
Os dados alarmantes sobre a violência de gênero no Brasil estão levando à mobilização de milhares de mulheres em todo o país. As manifestações não se restringem apenas à capital paulista; cidades como Rio de Janeiro, Brasília e Recife também foram palco de atos de protesto, onde as participantes levantaram cartazes e entoaram gritos de ordem em favor da vida e dos direitos das mulheres.
As vozes das manifestantes ecoam um pedido por mudanças reais nas políticas públicas e na conscientização social. A luta contra o feminicídio não é apenas uma questão legal, mas um apelo por transformação cultural. As organizadoras do evento enfatizam que é necessário desconstruir o machismo entranhado na sociedade, que perpetua atitudes de violência e desrespeito.
A mobilização também visa criar uma rede de apoio entre as mulheres, oferecendo recursos e informações sobre como lidar com situações de violência. Diversos stands foram montados para fornecer orientações sobre direitos legais e psicológicos, além de contato com serviços de apoio.
Os protestos estão sendo cobertos por diferentes veículos de comunicação e atraindo a atenção de figuras públicas e artistas que se uniram à causa, ampliando a visibilidade do movimento. A importância da mídia no esclarecimento da população sobre o feminicídio e suas consequências não pode ser subestimada, uma vez que a informação é uma ferramenta poderosa na luta por justiça.
À medida que a data dos protestos se aproxima, os organizadores convidam todos – homens e mulheres – a se unirem a esta luta. A frase \”Basta ao Feminicídio\” ressoa como um chamado à ação, e a expectativa é que este movimento resulte em pressões efetivas sobre as autoridades, levando à implementação de leis mais rigorosas e efetivas para a proteção das mulheres.
Além disso, o Levante oferece um espaço de reflexão sobre como a sociedade e, especialmente, os homens podem contribuir para a mudança do panorama atual. Há um reconhecimento crescente de que a responsabilidade de combater a violência de gênero não deve recair apenas sobre as vítimas, mas deve envolver toda a sociedade.
O movimento “Basta ao Feminicídio” é mais do que um protesto; é uma declaração de que as mulheres não aceitarão ser silenciadas. A luta continua com cada grito, cada caminhada e cada conversa sobre a necessidade higiênica de um futuro onde mulheres possam viver sem medo de violência, respeitadas e valorizadas em todos os aspectos da vida.