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Mulheres líderes relatam desafios significativos na busca pela equidade na carreira, mesmo ao alcançarem cargos de liderança. Esses desafios envolvem a dificuldade de manter e exercer plenamente o poder decisório, a persistência de preconceitos e microagressões, a pressão para conciliar responsabilidades profissionais e pessoais, além da pouca efetividade das políticas de apoio, como licenças flexíveis e parentalidade.
Principais pontos relatados por mulheres líderes incluem:
Barreiras para permanência e influência: Muitas mulheres que chegam ao topo têm dificuldade em consolidar sua liderança, pois a ocupação do cargo não garante poder real para influenciar decisões estratégicas, enfrentando resistência e desconfiança no ambiente corporativo.
Preconceito de gênero e estereótipos: Estereótipos ligados à maternidade e “docilidade” são frequentes, assim como episódios de assédio moral e sexual e comentários discriminatórios, que criam um ambiente hostil e dificultam o desenvolvimento profissional.
Pressão da dupla ou tripla jornada: Mulheres ainda acumulam trabalho profissional e responsabilidades domésticas e familiares, o que reforça a necessidade de políticas que suportem essa conciliação para evitar sobrecarga e evasão da liderança.
Falta de redes de apoio estruturadas: A ausência de suporte dentro das organizações para mulheres no topo contribui para o isolamento, pois a presença isolada de uma mulher líder não evita sua saída ou marginalização em ambientes predominantemente masculinos.
Necessidade de transformação cultural e estrutural: Para garantir a equidade, é fundamental mudar práticas organizacionais, reconhecendo o valor da diversidade e promovendo ações que facilitem o desenvolvimento e a permanência de mulheres em posições de decisão.
Apesar dos avanços, somente cerca de 38% dos cargos de liderança no Brasil são ocupados por mulheres, evidenciando que o caminho para a equidade plena ainda é longo e exige compromisso coletivo das empresas e da sociedade.
Além dos desafios, líderes destacam que vivências como a maternidade trazem competências importantes para a liderança, fortalecendo a visão e a capacidade de apoiar outras mulheres, contribuindo assim para transformações sociais e organizacionais mais amplas.