Um incêndio de grandes proporções atingiu o complexo residencial Wang Fuk Court, no distrito de Tai Po, em Hong Kong, no dia 26 de novembro de 2025, resultando em um trágico saldo de pelo menos 36 mortos e um número indeterminado de feridos e desaparecidos. O complexo, que abriga cerca de 4.000 moradores, incluindo muitos idosos, é composto por oito torres residenciais.
O incêndio teve início em um apartamento localizado no quinto andar e rapidamente se espalhou por andares superiores, atingindo diversas torres do edifício. A dificuldade no combate às chamas foi exacerbada pelas temperaturas extremas e pela estrutura dos prédios, que apresentavam andaimes de bambu em suas fachadas, uma prática comum emHong Kong.
O cenário de terror foi intensificado quando vários moradores ficaram presos em seus apartamentos durante a rápida propagação do fogo. Em resposta à emergência, as autoridades isolaram regiões próximas e desviaram o tráfego para facilitar as medidas de resgate e atendimento aos feridos. Embora a causa do incêndio ainda não tenha sido oficialmente determinada, suspeitas preliminares sugerem que uma vela acesa possa ter desencadeado o fogo.
Este incidente é considerado o pior incêndio residencial em Hong Kong desde o ocorrido em Kowloon em 1996, onde 41 pessoas perderam a vida devido a um incêndio que se originou durante reformas em um edifício. Além dos 36 mortos confirmados até o momento, centenas de pessoas permanecem desaparecidas, aumentando a angústia entre familiares e amigos.
As autoridades de Hong Kong intensificaram as operações de resgate, mobilizando soldados e equipes de emergência na busca por sobreviventes entre os escombros. Os médicos locais estão lidando com o tratamento dos feridos, que incluem queimaduras graves e problemas respiratórios resultantes da inalação de fumaça. A situação é amplamente monitorada pela mídia e pelas redes sociais, onde muitos moradores da região compartilham informações e se unem na esperança de encontrar seus entes queridos ainda desaparecidos.
A tragédia suscitou um debate sobre a segurança em edificações residenciais, especialmente as que utilizam materiais inflamáveis, como os andaimes de bambu. Especialistas em segurança predial têm levantado questões sobre a necessidade de revisões em códigos de construção e a implementação de medidas de prevenção de incêndios em áreas densamente habitadas.
Em meio a essa catástrofe, a solidariedade da população foi notável, com grupos comunitários se organizando para oferecer assistência às famílias afetadas. Iniciativas de arrecadação de fundos e doações de suprimentos estão em andamento, demonstrando a resiliência e a união da comunidade em tempos de crise.
Ainda há muito a ser feito enquanto as autoridades continuam a investigar as causas e as circunstâncias que levaram a esta tragédia em Hong Kong. O dia 26 de novembro ficará marcado na memória coletiva da cidade, evidenciando tanto os riscos enfrentados em áreas urbanas densas quanto a necessidade de políticas mais rigidamente aplicadas para garantir a segurança dos cidadãos.
