Um projeto desenvolvido no Rio de Janeiro tem formado adolescentes como guardiões dos cavalos-marinhos da região. Recentemente, um grupo de 31 jovens, com idades entre 12 e 14 anos, concluiu a primeira formação do Projeto Cavalos-Marinhos, ativo na Laguna de Araruama.
O Projeto Guardiões dos Cavalos-Marinhos foi promovido pelo Projeto Cavalos-Marinhos em parceria com a prefeitura de Iguaba Grande, situada na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. Esta iniciativa, que atua há 23 anos com o apoio do Programa Petrobras Socioambiental, busca a conservação dos cavalo-marinhos e dos ecossistemas que eles habitam.
Duração e atividades principais
Durante três meses, os participantes completaram um programa estruturado que incluiu aulas no Espaço Educativo Cavalos-Marinhos, no Rio de Janeiro, onde realizaram o primeiro mergulho de monitoramento na Praia dos Ubás, em Iguaba Grande, em 27 de novembro de 2025.
Conteúdo educativo
Os guardiões receberam uma formação abrangente sobre a Laguna de Araruama, incluindo diversas aulas focadas na preservação das belezas naturais da região. Além disso, o projeto contou com a colaboração de parceiros especializados que contribuíram com conhecimento sobre outras espécies marinhas, como aves marinhas (Projeto Albatroz), raias (Projeto Mantas do Brasil) e o resgate de faunas debilitadas.
Objetivos e Impacto
A coordenadora Natalie Freret-Meurer esclareceu que o principal objetivo era fazer com que os adolescentes se apropriassem da Laguna como um ambiente vital e compreendessem seu funcionamento. O cavalo-marinho atuou como símbolo para fomentar o sentimento de pertencimento e cuidado entre os jovens.
Com a formação concluída, os participantes passaram a atuar como observadores do ambiente, monitorando os impactos positivos e negativos ao redor da laguna. A proposta é que adotem práticas sustentáveis e promovam a conscientização sobre a importância de um ambiente saudável para a fauna local e os moradores da região.
Orientações Principais
Um dos principais ensinamentos transmitidos aos novos guardiões é a responsabilidade de informar a população sobre a proibição de capturar cavalo-marinho, conforme a norma 455 do Ministério do Meio Ambiente. Apenas pesquisadores autorizados têm a permissão para manusear esses animais.
Entre as orientações práticas enfatizadas está a redução de resíduos e a importância de manter a laguna livre de lixo, reforçando a necessidade de ações coletivas em prol do meio ambiente.
Iniciativas Complementares
O projeto também desenvolve outras ações sociais, como trabalhar com mulheres caiçaras, incentivando a produção de biojoias feitas com materiais reaproveitados. Além disso, são realizadas atividades de educação ambiental, formação de professores e capacitação de guardas-parque para garantir uma abordagem mais ampla na conservação da natureza.
Assim, o Projeto Cavalos-Marinhos não apenas capacita os jovens, mas também mobiliza a comunidade em torno da proteção ambiental, promovendo um futuro mais sustentável para as próximas gerações.
