
Um ciclone extratropical atingiu São Paulo e região metropolitana desde 10 de dezembro de 2025, com ventos de até 98-100 km/h, derrubando árvores e danificando a rede elétrica, deixando inicialmente 2,2 milhões de clientes da Enel sem energia.
Na manhã de 12 de dezembro, cerca de 726 mil a 802 mil imóveis ainda estão sem luz na Grande SP, incluindo 585 mil na capital (10% dos consumidores), com cidades como Juquitiba (40%) e Embu-Guaçu (17%) mais afetadas; a Enel restabeleceu serviço para 1,8 milhão de clientes e mobiliza 1.600 equipes, mas sem previsão de normalização total.
Relatos de moradores destacam frustração: a psicóloga Thaisa Fernandes, da Vila Madalena, atendeu pacientes em lanchonete após múltiplas promessas não cumpridas pela Enel (\”É a terceira vez só neste ano. Nem a empresa nem as autoridades locais são confiáveis\”); famílias com doentes acamados se sentem \”abandonadas pela Enel\” no terceiro dia sem energia. Muitos migraram para centros comerciais e cafés para trabalhar.
Protestos não foram relatados nos resultados disponíveis até o momento. A Prefeitura notificou a Aneel para explicações em 48 horas, culpando ventos e falta de poda de árvores; a Enel atribui danos a galhos e objetos na rede, após vendaval histórico de 12 horas com 1.300 chamados aos Bombeiros por quedas de árvores.
A situação tem gerado uma onda de indignação entre os moradores, que se esforçam para adaptar suas rotinas sem energia elétrica. Além disso, relatos indicam a necessidade de algumas famílias recorrerem a vizinhos ou a locais públicos em busca de abrigo e recursos básicos.
As consequências da falta de energia se estendem para além do desconforto imediato; serviços essenciais, como atendimento médico e atividades profissionais, têm sido comprometidos. Moradores relatam que a situação tem gerado um clima de desespero e pressão sobre as autoridades locais para que a questão seja resolvida rapidamente.
O ciclone extratropical não apenas afetou o fornecimento de energia, mas também provocou danos significativos em infraestruturas e na mobilidade urbana, com várias avenidas bloqueadas por árvores caídas e destroços. A recuperação da cidade e a normalização dos serviços depende de um esforço coordenado entre as autoridades e a concessionária de energia.
À medida que os dias passam, a esperança de recuperar a normalidade se torna cada vez mais urgente para os paulistanos afetados pela intempérie. Com mais de 800 mil pessoas ainda sem energia, a luta por um fornecedor de serviços confiável se torna cada vez mais evidente neste cenário de crise.



