
O Japão tem investido fortemente em robôs cuidadores e roupas equipadas com GPS como estratégias para enfrentar a crescente crise de demência entre idosos, associada ao envelhecimento acelerado da população e à escassez de cuidadores humanos. Esses robôs variam desde humanoides capazes de ajudar em tarefas físicas diárias, como calçar meias, dobrar roupas e potencialmente trocar fraldas geriátricas, até dispositivos terapêuticos que oferecem apoio emocional, como o robô Paro, em forma de filhote de foca, que interage com idosos para aliviar o isolamento e promover conforto.
Além disso, roupas com GPS são usadas para monitorar e localizar idosos com demência, prevenindo riscos de desaparecimento e facilitando a intervenção rápida, embora os detalhes específicos sobre essas roupas não tenham sido detalhados nos resultados, elas fazem parte das inovações tecnológicas focadas em segurança e autonomia.
Estudos recentes no Japão indicam que a sociedade tende a aceitar o uso desses robôs cuidadores, desde que as implementações respeitem questões de privacidade, segurança e ética. Esses sistemas robóticos também auxiliam na redução da sobrecarga dos cuidadores humanos, dando suporte tanto a idosos quanto a familiares e profissionais de saúde. A meta é complementar, e não substituir, a interação humana, permitindo que os idosos mantenham autonomia nas suas residências.
Exemplos concretos incluem:
- AIREC, um robô humanoide de 150 kg em desenvolvimento na Universidade Waseda, capaz de realizar tarefas domésticas e cuidar da higiene pessoal, com previsão de evolução técnica para maior interação segura com os idosos nos próximos anos.
- Poketomo, um robô pequenino que ajuda a lembrar horários de medicação, informa sobre o clima e conversa com seus usuários para combater a solidão.
- Monitoramento noturno por robôs sob colchões para vigiar o sono e condições de saúde, reduzindo a necessidade de rondas humanas frequentes.
Além dos robôs, outras tecnologias assistivas no Japão incluem exoesqueletos para aumentar a mobilidade dos idosos e próteses robóticas inteligentes, ampliando sua autonomia e qualidade de vida.
Essas ações fazem parte de um esforço coordenado entre academia, indústria e sociedade para responder ao desafio demográfico japonês, integrando tecnologia de ponta ao cuidado e apoio emocional dos idosos com demência.



