A vacinação de grávidas contra o vírus sincicial respiratório (VSR) foi iniciada no estado de São Paulo a partir de 6 de dezembro de 2025. A campanha é destinada a gestantes a partir da 28ª semana de gravidez, com o objetivo principal de proteger os recém-nascidos contra a bronquiolite, doença causada pelo VSR que é uma das principais causas de hospitalização em bebês.
O Ministério da Saúde destinou 134,5 mil doses do primeiro lote para São Paulo, sendo 34 mil para a capital, com previsão inicial de 1,8 milhão de doses para o país, num investimento de R$ 1,17 bilhão. Trata-se de uma dose única a cada gestação, sendo possível a administração simultânea com as vacinas contra influenza e covid-19.
A vacina utilizada é baseada em uma plataforma de proteína recombinante estabilizada da subunidade F do VSR, que já demonstrou eficácia elevada em estudos clínicos, como o Estudo Matisse, que mostrou 81,8% de proteção contra doenças respiratórias graves causadas pelo VSR nos primeiros 90 dias de vida dos bebês.
A vacinação ocorre nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), Ambulatórios de Especialidades (AMAs) e postos integrados, e as equipes de saúde orientam a atualização vacinal das gestantes para melhorar a cobertura e proteção. A ação vislumbra reduzir significativamente os casos de VSR entre os recém-nascidos, proporcionando maior segurança e saúde para as mães e seus bebês.
Com a chegada da campanha, espera-se que o acesso à vacinação contribua para a diminuição das internações hospitalares em decorrência de bronquiolite, doença associada ao VSR e que afeta principalmente os recém-nascidos e crianças pequenas. Além disso, inicia-se um novo capítulo na proteção das gestantes em relação a doenças respiratórias, com a mistura de vacinas que já compõem o calendário nacional de imunização.
A vacinação de grávidas contra o VSR é uma medida essencial não só para a saúde materna, mas principalmente para a proteção da saúde infantil, sendo um passo importante na prevenção de complicações graves a partir do nascimento. O governo enfatiza a importância da adesão à campanha, reiterando que a vacinação é uma ferramenta eficaz e segura.
Conforme a campanha avança, dados e resultados esperados serão acompanhados pelas autoridades de saúde, que estabelecerão novas estratégias, caso necessário, para assegurar a proteção das gestantes e, consequentemente, a saúde dos recém-nascidos em todo o território paulista.
