
A bolsa brasileira (Ibovespa) caiu cerca de R$ 182,7 a R$ 183 bilhões em valor de mercado em um único dia, após a confirmação da pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à Presidência da República em 2026, causando forte reação negativa dos investidores. Esse movimento gerou uma queda do índice Ibovespa de aproximadamente 165 mil para em torno de 157 mil pontos, o que representou o pior desempenho diário desde fevereiro de 2021.
As maiores perdas em valor foram lideradas por grandes empresas financeiras e de energia, principalmente:
- Itaú (ITUB4): perda de cerca de R$ 19,1 bilhões
- Petrobras (PETR3/PETR4): perda de aproximadamente R$ 17,7 bilhões
- Bradesco (BBDC4): – R$ 11,0 bilhões
- Banco do Brasil (BBAS3): – R$ 9,2 bilhões
Somados, Itaú e Petrobras responderam a cerca de 20% do total das perdas do dia. O setor bancário no conjunto perdeu mais de R$ 50 bilhões de valor de mercado.
Percentualmente, as maiores quedas entre as ações chegaram a quase 11%, lideradas pela Yduqs (queda de 10,84%) e Azzas (queda de 9,96%).
No mercado de câmbio, o dólar disparou, subindo cerca de 4,31% e ultrapassando R$ 5,43, refletindo a incerteza gerada pela notícia política.
A forte reação negativa no mercado está associada ao temor fiscal e à instabilidade política provocados pela entrada de Flávio Bolsonaro na disputa presidencial, gerando um assustador efeito dominó nas ações de praticamente todos os setores da bolsa brasileira.
Algumas poucas ações fecharam em alta, como WEG (+2,64%), Suzano (+1,94%), Klabin (+1,47%) e Braskem (+0,77%), beneficiadas pela valorização do dólar.
Esses eventos destacam a fragilidade do mercado financeiro diante de incertezas políticas e fiscais, refletindo o sentimento dos investidores que, em momentos de volatilidade, tendem a buscar segurança que, em muitos casos, resulta na retirada de capital de ativos mais arriscados.
O impacto no mercado acionário e cambial posterior ao anúncio da candidatura de Flávio Bolsonaro evidencia os desafios que o ambiente econômico brasileiro enfrenta. O que se observa é uma interação complexa entre política e economia, onde as decisões e contextos políticos têm efeitos diretos e imediatos sobre a confiança do investidor, a valorização de ativos e o comportamento do mercado como um todo.



