ECONOMIA

Economia brasileira cresce 0,1% no terceiro trimestre de 2025

A economia brasileira cresceu 0,1% no terceiro trimestre de 2025 em relação ao trimestre anterior, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse resultado indica uma desaceleração do crescimento econômico, abaixo do avanço de 0,4% registrado no segundo trimestre do ano.

O Produto Interno Bruto (PIB) atingiu R$ 3,2 trilhões no período, sendo R$ 2,8 trilhões do valor adicionado e R$ 449,3 bilhões de impostos líquidos de subsídios. Por setores, a Indústria cresceu 0,8%, a Agropecuária avançou 0,4% e os Serviços ficaram estáveis com uma variação positiva de apenas 0,1%. O consumo das famílias teve um crescimento modesto de 0,1%, enquanto o consumo do governo cresceu 1,3% e os investimentos subiram 0,9%, indicando uma retomada pontual da confiança empresarial.

As exportações também apresentaram desempenho positivo, com crescimento de 3,3%, enquanto as importações aumentaram 0,3%. Essa dinâmica sugere um leve avanço na balança comercial, que pode contribuir para a estabilidade do crescimento econômico brasileiro.

Na comparação com o terceiro trimestre de 2024, o PIB cresceu 1,8%, reforçando que o crescimento anual acumulado em 2025 até setembro está em torno de 2,4% a 2,7%. O crescimento foi impulsionado principalmente pelo setor Agropecuário, que apresentou avanço superior a 10%, em contraste com a indústria e serviços, que mostraram progressos mais modestos.

Este resultado do PIB reflete um cenário de crescimento econômico modesto, que é dificultado pela taxa básica de juros elevada, atualmente em 15%. Essa situação encarece o crédito e limita o consumo das famílias, além de apresentar incertezas políticas e fiscais que impactam a confiança e o dinamismo da economia.

Ainda assim, o leve crescimento observado no terceiro trimestre pode ser interpretado como um sinal de resiliência em meio a um ambiente econômico desafiador. Especialistas destacam que a recuperação em setores como agropecuário e a leve melhoria nos índices de investimento indicam que, embora o ritmo de crescimento seja lento, há uma possibilidade de recuperação econômica contínua nos próximos trimestres.

O governo brasileiro e analistas do mercado devem permanecer atentos às condições macroeconômicas, pois as taxas de juros e as políticas fiscais continuarão a desempenhar um papel crucial no desenvolvimento da economia até o final do ano e em 2026.

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