
Entre os dias 10 e 14 de dezembro de 2025, São Paulo enfrentou uma sequência de chuvas intensas, acompanhadas de fortes ventos, resultando em um cenário alarmante para a capital e sua região metropolitana. Tais condições meteorológicas foram provocadas por um ciclone extratropical que trouxe rajadas de vento de até 100 km/h, além de volumes de chuva que superaram a marca de 100 mm/dia. Os alertas da meteorologia indicaram risco elevado de granizo e alagamentos, especialmente em áreas vulneráveis de drenagem.
As consequências das tempestades podem ser vistas em números alarmantes. De acordo com reportagens, cerca de 710 mil moradores estavam sem energia elétrica até o final da tarde de sexta-feira (12), um número que representa aproximadamente 12,60% da população da capital. Os últimos dias mostraram uma evolução preocupante: na quarta-feira, mais de 2,2 milhões de clientes foram afetados, número que foi gradual e lentamente recuperado até o fechamento das contagens. Contudo, a nova rodada de chuvas no fim de semana trouxe à tona a vulnerabilidade das infraestruturas de energia.
A Enel, concessionária responsável pela distribuição de energia na região, mobilizou uma força-tarefa de 1,5 mil equipes para reparar os danos causados pelas quedas de árvores e danos a postes. O município de São Paulo, em particular, assistiu a um colapso em algumas áreas, onde bilhares de consumidores foram deixados no escuro por longos períodos. O prefeito Ricardo Nunes criticou a lentidão na recuperação dos serviços, enfatizando a necessidade de melhorias na infraestrutura elétrica para prevenir futuros apagões em condições climáticas adversas.
Com a chuva persistente, há preocupações quanto ao impacto em serviços públicos, com a Defesa Civil em alerta para possíveis deslizamentos de terra e novos alagamentos. A recomendação para a população é que se mantenha informada sobre os alertas das autoridades municipais e evite locais de risco para sua segurança.
Além disso, para aumentar a eficiência no restabelecimento de energia, debates têm surgido sobre a necessidade de enterrar redes elétricas e adotar tecnologias de monitoramento digital. Tais medidas poderiam ter um papel crucial em mitigar os efeitos de futuras tempestades, mas requerem investimento e planejamento a longo prazo.
A previsão para os próximos dias indica a continuidade das chuvas, com a possibilidade de acumulados adicionais que poderão agravar ainda mais a situação. A população deve permanecer atenta e seguir as instruções das autoridades locais, enquanto os serviços de emergência continuam a lidar com as consequências deste período chuvoso atípico.
Por fim, é imperativo que as autoridades e a sociedade em geral reflitam sobre as lições aprendidas com esta experiência, buscando adaptações e soluções que garantam maior resiliência a condições climáticas extremas no futuro.

