POLÍTICA

Vereadora do Interior de SP é Cassada por Quebra de Decoro Parlamentar

A vereadora Rafaela Souza de Góis, da cidade de Anhembi, no interior de São Paulo, foi cassada pela Câmara Municipal por quebra de decoro parlamentar, abuso de poder e uso inadequado de recursos públicos. A decisão foi tomada em uma sessão extraordinária realizada na sexta-feira, 5 de dezembro de 2025. A medida representa um desdobramento significativo no cenário político local, onde questões éticas e comportamentais têm ganhado visibilidade entre os representantes eleitos.

O processo de cassação teve origem em um incidente ocorrido durante uma sessão legislativa, quando Rafaela chamou a Polícia Militar ao afirmar sentir-se ameaçada. Na ocasião, ela teria impedido o colega vereador Douglas de Oliveira Fernandes Jorge de deixar o plenário, configurando uma situação de coação e violação do direito de ir e vir. O relato de outros vereadores e testemunhas corroborou essa alegação, levando a Câmara Municipal a investigar os fatos.

Durante os procedimentos, a vereadora defendeu suas ações, afirmando que a presença da polícia era necessária apenas para registrar oficialmente o ocorrido e que seu intuito sempre foi apresentar propostas para beneficiar a população de Anhembi. No entanto, a interpretação da Câmara sobre seus atos foi considerada inaceitável, gerando a instância que resultou na perda de seu mandato.

Com a cassação, Rafaela Souza de Góis não apenas perdeu seu cargo, mas também ficou impedida de concorrer em futuras eleições na cidade, um desfecho que poderá influenciar o cenário político local e a percepção dos eleitores sobre o comportamento dos representantes públicos.

A resposta da população e de outros membros da Câmara Municipal em relação à cassação reflete um interesse crescente por decoro e ética na política. A situação levantou debates sobre a importância de comportamentos adequados entre os parlamentares e as medidas necessárias para garantir um ambiente legislativo saudável e respeitoso.

Além disso, o caso destaca a relevância da transparência e do controle ético nas ações dos representantes, especialmente em um contexto onde abusos de poder podem comprometer a confiança da população nas instituições. A reação à cassação de Rafaela também poderá determinar novas discussões sobre os limites e as responsabilidades dos vereadores nas interações com seus pares e na condução de suas funções públicas.

Desde a cassação, a Câmara Municipal de Anhembi tem enfrentado pressão para revisar suas práticas e estabelecer critérios mais claros sobre decoro parlamentar. A reflexão sobre esse episódio poderá conduzir a um fortalecimento das normas éticas dentro do legislativo, promovendo um ambiente onde a integridade e o respeito mútuo sejam pilares da atuação política.

O desfecho do caso de Rafaela Souza de Góis representa, assim, não apenas uma ação específica, mas um marco que poderá influenciar as práticas políticas futuras, além de evidenciar o papel da sociedade na cobrança por comportamento ético e responsável dos seus representantes. Em um momento em que a política brasileira enfrenta desafios, casos como este podem servir como catalisadores para mudanças significativas nas legislações e na cultura política do país.

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