Nos dias 3, 4 e 5 de dezembro de 2025, Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, será o palco do II Seminário Internacional da Pesca Artesanal, promovido pelo Projeto de Educação Ambiental Pescarte (PEA Pescarte). O evento tem como foco principal a discussão de iniciativas voltadas para um futuro sustentável da pesca artesanal, enfatizando a importância de políticas públicas e do cooperativismo.
Com a participação de especialistas de diversas partes do mundo, incluindo Brasil, Moçambique, Angola, Espanha e Finlândia, o seminário visa fortalecer a articulação entre experiências nacionais e internacionais. O objetivo é promover o intercâmbio de saberes, políticas e tecnologias sociais que promovam a autonomia econômica das comunidades pesqueiras, assim como seu reconhecimento social e a superação das vulnerabilidades enfrentadas por esses grupos tradicionais.
Entre os temas centrais a serem abordados no seminário, destacam-se:
- Organização produtiva em comunidades tradicionais;
- Cooperação internacional para enfrentamento de desigualdades históricas;
- Formação de redes internacionais de pesca artesanal cooperada;
- Impactos da crise climática e respostas coletivas das comunidades pesqueiras;
- Promoção do protagonismo e compartilhamento de saberes tradicionais por meio do \”Momento Comunidade\”.
O evento ocorrerá no Automóvel Clube Fluminense e também contará com transmissão online pelo canal do PEA Pescarte no YouTube, permitindo um amplo acesso às discussões. As inscrições para participação presencial e virtual foram abertas até o final de novembro, garantindo a inclusão de diversas vozes nas conversas e debates propostos.
A relevância do seminário é reforçada pela crescente preocupação global com a sustentabilidade dos recursos pesqueiros e o papel essencial que as comunidades artesanais desempenham na conservação da biodiversidade marinha. A pesca artesanal não só sustenta milhões de famílias como também preserva saberes culturais e práticas sustentáveis que têm sido transmitidas por gerações.
Além disso, a formação de redes que se articulam em torno da pesca artesanal ajuda a combater as desigualdades históricas e promove maior equidade nas relações de trabalho e comércio. O seminário proporciona um espaço valioso para que as vozes das comunidades pesqueiras sejam ouvidas e respeitadas, fortalecendo sua liderança e capacidade de ação em um contexto de crescentes desafios, como as mudanças climáticas e a exploração excessiva dos oceanos.
Os resultados e as propostas surgidas durante o seminário têm o potencial de influenciar políticas públicas e ações concretas que visem à proteção e valorização da pesca artesanal, contribuindo para uma relação mais equilibrada entre a humanidade e os ecossistemas marinhos.
O II Seminário Internacional da Pesca Artesanal não é apenas um evento acadêmico, mas um verdadeiro espaço de resistência e construção coletiva, essencial para a luta pela sustentabilidade e pela valorização das culturas e modos de vida que dependem dos ecossistemas aquáticos.
