
O Brasil apresentou avanços significativos na estratégia de Uma Só Saúde, destacando a elaboração do Plano de Ação Nacional de Uma Só Saúde, que reúne mais de 90 ações estratégicas para fortalecer a vigilância integrada, a prevenção de riscos sanitários e a preparação para emergências de saúde pública. Essa estratégia é fruto de uma articulação entre órgãos federais, pesquisadores e sociedade civil, visando uma abordagem integrada que contempla saúde humana, animal, ambiental e vegetal, essencial para a diversidade territorial, social e ambiental do país.
O país vem avançando na transição de um modelo reativo para um modelo preventivo de gestão de riscos sanitários, com a meta de ter capacidade instalada antes da ocorrência de emergências. Foi instituído o Comitê Técnico Interinstitucional de Uma Só Saúde, que congrega 20 órgãos e entidades para coordenar e monitorar o plano, além de articular sua implementação em estados e municípios.
Nesse contexto, o Brasil também tem buscado alinhamento com diretrizes internacionais, como as da Aliança Quadripartite, para reduzir riscos de pandemias zoonóticas, controlar doenças negligenciadas e limitar a resistência antimicrobiana. O Ministério da Saúde destaca que a estratégia reforça a importância da cooperação entre setores e instituições, promovendo uma nova cultura de saúde pública conectada ao cuidado do planeta.
Complementarmente, o país investe em programas que combatem doenças socialmente determinadas, com foco em populações vulneráveis, ampliando a vigilância, o tratamento e a inovação tecnológica em saúde pública, como o programa Brasil Saudável, que possui investimentos e avanços no combate à tuberculose, filariose, malária, hanseníase e doença de Chagas.
Assim, o avanço na estratégia de Uma Só Saúde no Brasil reforça não só a prevenção e preparação diante de riscos sanitários, mas também a integração intersetorial e regional para uma melhoria substantiva na saúde pública.



