POLÍTICA

Polícia Civil do Rio de Janeiro Prende Líder da Milícia Bonde do Horácio

A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ) realizou na última segunda-feira uma operação significativa que culminou na prisão de um dos principais líderes da milícia conhecida como Bonde do Horácio. A ação ocorreu no bairro de Campo Grande, na zona oeste da cidade, onde o suspeito Carlos dos Santos Fonseca, também conhecido como \”homem de guerra\”, foi detido.

Carlos dos Santos foi encontrado em posse de um arsenal que incluía um fuzil calibre .556, uma pistola com kit de rajada, além de granadas e veículos que, segundo as autoridades, haviam sido roubados. Através de investigações que duraram meses, a PCERJ conseguiu traçar a trajetória criminosa do indivíduo, apontado não apenas como líder na hierarquia da milícia, mas também como responsável por diversas operações de cobrança e confrontos armados contra grupos rivais.

A prisão de Carlos faz parte de um fluxo contínuo de operações policiais direcionadas ao combate das milícias que atuam no estado. As milícias, que muitas vezes oferecem \”segurança\” à população em troca de pagamentos, têm sido alvo constante das forças de segurança, visto que além de exercerem domínio territorial, também estão envolvidas em diversas atividades ilícitas. Essa abordagem visa desarticular as redes de tráfico e a violência que permeiam diversas comunidades.

No último mês, o cenário de violência relacionado a confrontos entre facções rivais no Rio de Janeiro trouxe à tona a necessidade urgente de medidas mais rigorosas. Apenas em outubro, foram registradas 64 mortes em confrontos, um recorde que chamou a atenção das autoridades locais e federais. O dia 28 de outubro, marcado por uma operação policial letal, trouxe à luz as consequências do combate entre facções, onde as milícias não são as únicas organizações a operar no tráfico de drogas e em atividades violentas.

A PCERJ, por meio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco), tem realizado um trabalho de inteligência e repressão que se intensificou nos últimos anos. Essa escassez de impunidade tem-se refletido em ações mais coordenadas, levando à apreensão de armas, drogas e a prisão de líderes de organizações criminosas. As evidências básicas de que as operações estão surtindo efeito surgem através de reportagens e publicações oficiais que confirmam as prisões e a redução estrutural do poder das milícias.

As operações da PCERJ não se restringem à prisão de indivíduos; trabalham também em parceria com outras forças estaduais e federais, buscando eficiência nas ações para retomar o controle de áreas tomadas por essas facções. Além disso, a colaboração da população, relutante em denunciar atividades ilícitas anteriores, tem se mostrado essencial para o sucesso dessas iniciativas.

Os próximos passos incluem a investigação e a busca por mais membros da milícia, que podem estar envolvidos em ações criminosas em diferentes regiões do estado. A expectativa é que as operações continuem a aumentar, visando não apenas a desarticulação das milícias, mas também a restauração da ordem nas comunidades afetadas.

O caso de Carlos dos Santos Fonseca levanta questões mais amplas sobre o combate à criminalidade no Rio de Janeiro e a necessidade de estratégias de longo prazo que envolvam não apenas repressão, mas também políticas públicas que visem a inclusão e o apoio às comunidades mais vulneráveis.

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