
O pastor Silas Malafaia abordou recententemente a questão da dosimetria relacionada ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Malafaia explicou que Bolsonaro se contentou com a aprovação do Projeto de Lei da Dosimetria, que propõe a redução de penas para aqueles condenados pela série de eventos ocorridos no dia 8 de janeiro.
De acordo com o pastor, a aceitação por parte de Bolsonaro está ligada à realidade política atual no Senado, onde não existem votos suficientes para a aprovação de uma anistia ampla que beneficiaria não apenas o ex-presidente, mas outros envolvidos na chamada trama golpista. Desta maneira, a decisão de aceitar uma redução punitiva foi considerada uma estratégia pragmática até que os ânimos se acalmem e um consenso sobre a anistia possa ser alcançado.
A dosimetria refere-se ao cálculo do tempo e do regime de cumprimento da pena, e o projeto que foi recentemente aprovado altera esse cálculo, destinando a diminuição do tempo de condenação do ex-presidente, que se vê diante de uma pena de 27 anos e três meses determinada pelo Supremo Tribunal Federal.
Malafaia, conhecido por suas posições políticas fortemente alinhadas ao bolsonarismo, não hesitou em manifestar seu descontentamento em relação à dosimetria, classificando-a como \”conversa fiada\” diante da gravidade da situação. Ele defende uma anistia ampla, geral e irrestrita para Bolsonaro e seus apoiadores, afirmando que a redução das penas representa, na verdade, uma medida insuficiente e que não aborda a profundidade do dilema enfrentado pelos alvos da operação.
A avaliação do pastor sugere que a dosimetria é vista por ele como um passo intermediário em um jogo político mais amplo, no qual a estratégia envolve não apenas a manutenção do clã Bolsonaro na cena política, mas também a preparação para as próximas eleições em 2026, onde a direita busca organizar um candidato competitivo diante do cenário político atual.
No cerne da argumentação de Malafaia, destaca-se uma visão de que a aceitação de uma medida como a dosimetria por parte de Bolsonaro não seria um indicativo de fraqueza, mas uma movimentação calculada, levando em consideração a falta de apoio legislativo para uma proposta de anistia que realmente resolvesse a situação de forma mais abrangente.
Assim, a relação entre dosimetria e anistia se torna um ponto central no debate político atual, refletindo as tensões internas dentro do governo e entre seus apoiadores. Conforme a situação política evolui, resta saber se a aprovação de um projeto de dosimetria será suficiente para consolidar a posição de Bolsonaro ou se haverá um movimento em direção à anistia completa enquanto a direita busca se reestruturar no cenário nacional.
Em sua análise, Malafaia acredita que a dosimetria é uma transição, uma etapa que possibilita uma negociação política que pode levar à anistia em um futuro próximo, uma vez que os contornos políticos e as opiniões dentro do Senado se tornem mais favoráveis a tal medida.
Dessa forma, compreende-se que a política de penas no Brasil continua em um estado de negociação e reavaliação, onde líderes e figuras proeminentes como Silas Malafaia desempenham papéis cruciais em moldar o entendimento e as expectativas futuras em torno da justiça e da política.



