POLÍTICA

Ex-assessora de Rayane anuncia decisão após jantar com ataque racista

Juliana Palmer, ex-assessora de imprensa da influenciadora Rayane Figliuzzi, anunciou que, após sofrer um ataque racista durante um jantar, passará a oferecer apoio gratuito a outras vítimas desse tipo de crime. A decisão foi tornada pública nas redes sociais na segunda-feira, dia 8 de dezembro. Em seu pronunciamento, Juliana afirmou que pretende ajudar mulheres que, como ela, enfrentam a dor do racismo e, em muitos casos, têm medo de denunciar suas experiências. Ela destacou a importância de transformar a dor em propósito e colocou sua empresa à disposição para atender essas vítimas, garantindo que elas sejam ouvidas.

O incidente que motivou essa nova fase na vida de Juliana ocorreu em um restaurante, onde ela foi alvo de ofensas racistas, supostamente proferidas pela secretária pessoal de Rayane. Durante o ataque, Juliana foi chamada de \”macaca\”, uma expressão comumente utilizada para desumanizar pessoas negras. O desdobramento da situação trouxe à tona não apenas o seu sofrimento, mas também o estigma enfrentado por muitas mulheres em situação de vulnerabilidade que hesitam em fazer denúncias por medo de represálias.

Após o evento, Juliana relata ter sofrido uma crise de ansiedade, necessitando de atendimento médico, o que levanta a questão da saúde mental e do impacto emocional que essas agressões podem causar em suas vítimas. O episódio rapidamente ganhou notoriedade nas redes sociais, provocando uma onda de apoio à ex-assessora e críticas à conduta da secretária e, por extensão, de Rayane Figliuzzi.

Não tardou para que a influenciadora, que se não se pronunciasse sobre o acontecido, visse sua imagem e carreira abalada. Em razão da controvérsia, a escola de samba Unidos de Vila Isabel decidiu afastá-la do posto de musa para o Carnaval de 2026. Em comunicado oficial divulgado após o incidente, a escola reconheceu que o afastamento se deu por razões de compromisso e agenda, porém também reafirmou seu compromisso com a inclusão e o combate a qualquer forma de discriminação. A escola repudiou publicamente o ato racista, enfatizando a importância de um ambiente seguro e respeitoso para todos.

Rayane Figliuzzi, em resposta ao afastamento e ao tumulto gerado pela situação, utilizou suas redes sociais para expressar sua gratidão pelo apoio recebido e para compartilhar sua trajetória de resiliência diante das adversidades. A influenciadora, conhecida por sua positividade, mencionou a importância de tratar essa temática delicada com seriedade e respeito.

A repercussão do caso delineia um cenário em que a sociedade ainda luta contra o racismo e a discriminação. A postura de Juliana em se tornar uma porta-voz das vítimas é um exemplo de como experiências dolorosas podem ser convertidas em instrumentos de transformação social. Ao oferecer seu apoio, ela não apenas busca curar suas próprias feridas, mas também se torna uma aliada na luta por um mundo mais igualitário.

Essa iniciativa ecoa em uma época em que a discussão sobre preconceito racial se torna cada vez mais pertinente. Ações como a de Juliana Palmer são fundamentais para conscientizar e mobilizar a sociedade a agir contra o racismo, promovendo um ambiente onde todos possam ser tratados com dignidade e respeito.

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