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Roubo de Gravuras de Matisse e Portinari em Biblioteca de São Paulo Mobiliza Autoridades

O roubo de gravuras em exposição na Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo, ocorreu na manhã do dia 7 de dezembro de 2025, quando dois homens armados invadiram o local e roubaram treze gravuras: oito de Henri Matisse e cinco da obra \”Menino de Engenho\” de Cândido Portinari.

A ação criminosa se deu durante a exposição intitulada \”Do livro ao museu: MAM São Paulo e a Biblioteca Mário de Andrade\”, realizada em parceria com o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM). Os criminosos renderam tanto um segurança quanto uma funcionária, e em seguida fugiram em direção à estação de metrô Anhangabaú, sem que ninguém se ferisse durante a ocorrência.

A Polícia Militar imediatamente iniciou patrulhamento na região; no entanto, até o momento, os suspeitos não foram localizados. A biblioteca contava com uma equipe de vigilância e um sistema de câmeras de segurança, que agora serão analisados a fim de auxiliar nas investigações.

As gravuras roubadas possuíam apólice de seguro vigente, o que levanta questões sobre os procedimentos de segurança adotados, uma vez que obras de tal valor histórico e cultural requerem cuidados redobrados. A Secretaria de Cultura e Economia Criativa informou que está fornecendo a toda material que possa auxiliar na investigação policial, que segue em andamento.

Esse roubo não é um caso isolado na Biblioteca Mário de Andrade. Em 2006, a instituição também sofreu um furto significativo, quando doze gravuras raras do século 19 foram furtadas, tendo sido recuperadas somente em 2024 pela Polícia Federal. A repetição desse tipo de crime destaca a necessidade de medidas de segurança mais robustas nas instituições culturais da cidade.

As gravuras de Cândido Portinari são consideradas obras-primas e possuem grande valor histórico, uma vez que o artista é um dos mais influentes do modernismo brasileiro. Já as obras de Henri Matisse são reconhecidas internacionalmente e são peças fundamentais no acervo do Museu de Arte Moderna. O legado artístico desses autores é inestimável, e o furto representa não apenas uma perda material, mas uma violação do patrimônio cultural brasileiro.

No contexto atual, o roubo levanta discussões sobre a proteção das obras de arte e a segurança das instituições culturais. É imperativo que os museus e bibliotecas adotem práticas e tecnologias avançadas para preservar suas coleções e garantir a segurança do público e dos funcionários.

Ainda não há informações sobre possíveis suspeitos ou sobre a recuperação das obras. O caso continua sob atenção das autoridades, que buscam esclarecer todas as circunstâncias envolvidas e prender os responsáveis por esse ato criminoso.

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