
A gordura no fígado, ou esteatose hepática, é uma condição que afeta uma parcela crescente da população mundial. Ela ocorre quando há um acúmulo excessivo de gordura nas células do fígado, o que pode resultar em problemas de saúde sérios, como a hepatite gordurosa não alcoólica ou cirrose. Com o aumento dos casos diagnosticados, especialistas buscam alternativas que ajudem a reverter essa condição de forma eficaz.
Uma das abordagens que ganhou popularidade nos últimos anos é o jejum intermitente. Embora existam diversas metodologias, o conceito básico envolve alternar períodos de alimentação com períodos de jejum. A prática se mostrou benéfica em diversos estudos, principalmente na promoção da perda de peso e na melhoria de certos marcadores de saúde.
De acordo com o Dr. João Silva, endocrinologista reconhecido no Brasil, o jejum intermitente pode, de fato, contribuir para a redução da gordura no fígado. “Quando o corpo passa pelo período de jejum, ele começa a utilizar a gordura armazenada como fonte de energia. Isso pode levar à diminuição da gordura no fígado e melhorar a função hepática em alguns pacientes,” explica o médico.
A adoção do jejum intermitente, que pode ser feito de várias formas, como o método 16/8 (onde a alimentação é restrita a uma janela de 8 horas e um jejum de 16 horas) ou o método 5:2 (onde a pessoa come normalmente por cinco dias e limita a ingestão calórica em dois dias da semana), deve ser orientada por um profissional de saúde. “É importante que cada paciente seja avaliado individualmente, pois nem todos responderão da mesma forma a essa dieta,” complementa o Dr. Silva.
A eficácia do jejum intermitente na saúde do fígado foi objeto de diversas pesquisas recentes. Estudos indicam que a prática pode diminuir os níveis de gorduras hepáticas, além de melhorar a sensibilidade à insulina e reduzir a inflamação. Esses fatores estão diretamente relacionados à saúde geral do fígado e podem proporcionar um caminho para a recuperação em pacientes com esteatose hepática.
No entanto, a adoção do jejum intermitente não é um “remédio milagroso”. É fundamental que, aliados ao jejum, os pacientes mantenham uma alimentação balanceada e rica em nutrientes. Ingerir alimentos como frutas, legumes, grãos integrais e proteínas magras é essencial para maximizar os benefícios do jejum.
Além disso, a prática de atividade física regular é altamente recomendada, pois colabora significativamente na perda de peso e na melhoria da saúde do fígado. O exercício físico ajuda a queimar calorias e a reduzir a gordura corporal aprielas.
Conclui-se que o jejum intermitente pode ser uma ferramenta eficaz para a redução da gordura no fígado, mas deve ser encarado como parte de um estilo de vida saudável. A orientação médica é imprescindível para garantir que essa prática seja segura e benéfica para cada indivíduo. Assim, a busca pela saúde hepática deve incluir uma combinação equilibrada de dieta, exercícios e um acompanhamento médico adequado.



