Investir em manter o clima e meio ambiente estáveis pode prevenir até 9 milhões de mortes prematuras relacionadas à poluição e gerar ganhos econômicos globais de até US$ 20 trilhões anuais até 2070, segundo relatório da ONU. Essas medidas estruturais também podem reduzir a subnutrição e tirar milhões de pessoas da pobreza extrema, destacando a prevenção de mortes como um benefício direto da ação climática.
O relatório do Panorama Ambiental Global (GEO7) indica que, para isso, serão necessários investimentos anuais da ordem de US$ 8 trilhões até 2050 para alcançar a neutralidade climática e restaurar ecossistemas essenciais. No entanto, os especialistas ressaltam que o custo de não agir será ainda maior, incluindo perdas significativas ao PIB global e impactos severos à saúde pública.
Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reforça que a ação climática é a maior oportunidade de saúde do nosso tempo. A eliminação rápida dos combustíveis fósseis, em favor de energias renováveis, não apenas desacelera as mudanças climáticas, mas também salva vidas ao reduzir a poluição do ar e os efeitos do calor extremo, que atualmente causam centenas de milhares de mortes anuais.
As mudanças climáticas, segundo a ONU, têm repercussões diretas na saúde pública, causando doenças respiratórias, cardiovasculares e outras condições que afetam a qualidade de vida de populações vulneráveis. Portanto, a proteção da saúde deve se tornar um componente fundamental das políticas de sustentabilidade e desenvolvimento econômico.
Os dados apresentados no relatório são alarmantes e exigem uma resposta global robusta. A cada ano, a inação climática contribui para um aumento nos custos com saúde pública, além de intensificar as crises já existentes de pobreza e insegurança alimentar.
O GEO7 também salientou a importância de uma abordagem colaborativa, unindo governos, setor privado e sociedade civil para atingir metas climáticas ambiciosas e efetivas. A implementação de políticas sustentáveis, que considerem a saúde como prioridade, é crucial para mitigar os impactos das mudanças climáticas e fomentar um futuro mais seguro e saudável para todos.
Além disso, tal abordagem não é apenas uma questão de ética, mas também representa uma estratégia inteligente no que tange ao retorno sobre investimento. Economia de recursos na saúde, redução de custos relacionados a desastres naturais e recuperação de ecossistemas significam que a ação climática é um investimento que compensa não só em termos sociais, mas também econômicos.
Com os dados coletados e a análise apresentada, fica evidente que uma revolução na forma como tratamos o meio ambiente e a saúde pública não é apenas necessária, mas urgentemente requisitada. O futuro depende da ação coletiva e integrada, visando não apenas combater as mudanças climáticas, mas também promover uma vida digna e saudável para todos.
Assim, o desafio colocado pela ONU é claro: a ação climática não é uma escolha, mas uma necessidade. Investir no clima é um investimento que salva vidas e assegura um futuro sustentável. A mudança começa agora e deve ser uma prioridade global. Cada investimento realizado em políticas climáticas representa uma vida salva e uma economia próspera em potencial.
