SAÚDE

GDF condena a pagar R$ 300 mil à família de homem falecido por demora em cirurgia

O **Governo do Distrito Federal (GDF)** foi condenado pela **2ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT)** a pagar **R$ 300 mil** à família de um homem que morreu em 2023 devido à demora de cerca de oito meses na realização de uma cirurgia para tratar doenças no trato urinário na rede pública de saúde.

De acordo com detalhes do processo, o paciente aguardava o procedimento indicado por médicos, mas seu quadro se agravou sem a marcação da cirurgia, levando à sua morte prematura. Inicialmente, a 8ª Vara da Fazenda Pública do DF havia condenado o GDF a pagar **R$ 4 mil por danos materiais** e **R$ 20 mil por danos morais a cada membro da família**, incluindo a viúva e três filhos.

Após a decisão de primeira instância, os familiares recorreram ao tribunal solicitando valores maiores, totalizando **R$ 200 mil à viúva** e **R$ 100 mil a cada filho**. Notavelmente, o GDF não apresentou defesa durante a fase de apelação. Como resultado, o relator do caso decidiu aumentar a indenização, propondo **R$ 150 mil à viúva** – que se tornou a sucessora processual após seu falecimento – e **R$ 50 mil para cada filho**, totalizando assim o montante de R$ 300 mil.

A decisão do tribunal considerou não apenas a capacidade econômica do GDF, mas também o abalo psicológico significativo sofrido pelos familiares devido à morte do ente querido. A situação destaca as falhas no sistema público de saúde que custaram não apenas a vida de um paciente, mas também o bem-estar emocional da família.

Esse não é um caso isolado; outras ocorrências de negligência em hospitais públicos têm levantado discussões sobre a qualidade do atendimento e o tempo de espera para procedimentos cirúrgicos na rede pública. Casos semelhantes de indenizações e processos judiciais têm surgido, sublinhando a necessidade urgente de melhorias na infraestrutura e gestão do setor de saúde.

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