No dia 8 de dezembro de 2025, Flávio Bolsonaro, senador pelo PL-RJ, recebeu em sua residência em Brasília líderes do Centrão na tentativa de consolidar apoio para sua pré-candidatura às eleições presidenciais de 2026. O encontro contou com a presença de presidentes importantes como Antônio Rueda, do União Brasil, Ciro Nogueira, do PP, e Valdemar Costa Neto, do PL. O presidente do Republicanos, Marcos Pereira, também foi convidado, mas não compareceu.
Em sua fala, Flávio Bolsonaro apresentou seu projeto político, incluindo a possibilidade de discutir a anistia para os condenados pelo episódio de 8 de janeiro e por ações relacionadas a uma suposta tentativa de golpe. Essa proposição, no entanto, não foi suficiente para garantir um respaldo imediato por parte das lideranças do Centrão, que expressaram ceticismo quanto à viabilidade do candidato.
Apesar de o PL ter reafirmado seu apoio à pré-candidatura de Flávio, os líderes do Centrão mostraram grande cautela. Eles revelaram dúvidas sobre a capacidade do senador de unir as diferentes vertentes da direita, em um momento em que a fragmentação poderia ser um grande obstáculo para a formação de uma candidatura competitiva nas eleições de 2026. O discurso de Flávio, embora assertivo, não conseguiu animar completamente os presentes, que demonstraram interesse por outras alternativas, como o nome do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
Tarcísio, até então visto como a figura mais capaz de unir a centro-direita e avançar para o segundo turno contra o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, mantém um silêncio estratégico. Contudo, é tratado pela maioria do Centrão como um \”plano A\”, enquanto a pré-candidatura de Flávio aparece como um esforço de manter a força bolsonarista viva na disputa.
As discussões no encontro revelaram uma expectativa cautelosa. Apesar das promessas de uma avaliação formal sobre a possibilidade de apoio à candidatura de Flávio por parte das siglas presentes, ficou claro que a união em torno de sua liderança ainda está longe de se concretizar. As lideranças do União Brasil e dos Progressistas se comprometeram a retornar com uma posição mais definida em reuniões subsequentes.
Dessa forma, o encontro teve um papel crucial para Flávio Bolsonaro, sendo um termômetro de sua aceitação dentro do Centrão. Embora tenha conseguido um apoio parcial, a resistência demonstrada e as incertezas sobre a constituição de uma base sólida são questões que ainda permanecem em aberto. Os próximos dias e as futuras reuniões entre as lideranças do Centrão serão decisivos para determinar o caminho a ser seguido por Flávio Bolsonaro e sua pré-candidatura ao Planalto.
O cenário político se torna cada vez mais dinâmico, e a capacidade de Flávio de articular alianças efetivas pode ser um fator determinante em sua trajetória rumo às eleições presidenciais. Em meio a um ambiente político fragmentado, a habilidade de unir diferentes correntes terá um papel fundamental na formação de uma candidatura que possa enfrentar a oposição de forma organizada e coesa.
