POLÍTICA

Família de Peixão é interceptada em fuga para a Bolívia com joias valiosas

A família do traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Peixão, foi interceptada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e pela Polícia Civil na tentativa de fugir do Brasil para a Bolívia com joias de alto valor associadas ao criminoso. O grupo incluía sua esposa, três filhos e um sobrinho, que foram abordados na BR-262, em Campo Grande (MS), rumo a Corumbá, fronteira com a Bolívia.

Esse flagrante ocorreu após monitoramento por órgãos de inteligência, incluindo a Subsecretaria de Inteligência e o Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE), que suspeitavam que Peixão pudesse estar entre os passageiros, o que não se confirmou. Os motoristas informaram que foram contratados por um conhecido na Bolívia para transportar os familiares de Peixão do Rio de Janeiro até Corumbá.

Durante a abordagem, foram encontradas várias joias valiosas com referências diretas a Peixão e ao chamado \”Complexo de Israel\”, além de símbolos como a estrela de Davi e inscrições relacionadas ao \”Israel Defense Force\”. Esses bens levantam suspeitas de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores, e indicam possíveis conexões financeiras e logísticas da facção criminosa que Peixão lidera, o Terceiro Comando Puro (TCP), atuante no Complexo de Israel, na zona norte do Rio de Janeiro.

Após a detenção, os familiares e motoristas foram conduzidos à Polícia Federal no Mato Grosso do Sul para depoimentos e investigação aprofundada, incluindo o rastreamento de rotas de fuga e fluxos financeiros da organização. Peixão permanece foragido e é alvo de intensa operação policial para captura, por ser considerado um dos chefes mais violentos e procurados da facção.

Implicações do incidente:

  • A captura da família tenta desarticular a rede de apoio logístico e financeiro que mantém a organização criminosa funcionando, dificultando fugas internacionais e lavagem de dinheiro.
  • O caso reforça a atuação integrada de inteligência e forças de segurança entre estados e órgãos federais para combater o crime organizado transnacionalmente.
  • Destaca a complexidade da atuação do TCP e sua infiltração em atividades ilegais que envolvem fronteiras, além do uso simbólico e material de joias para lavagem de dinheiro e representação de poder dentro da facção.

A operação também evidencia os desafios enfrentados na luta contra o narcoterrorismo e o narcopentecostalismo, fenômenos ligados a Peixão, que entrelaçam tráfico de drogas, influências religiosas e controle territorial.

Em resumo, esse episódio é um golpe importante na estrutura do tráfico no Rio e abre caminhos para novas investigações no combate à facção liderada por Peixão.

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