MEIO AMBIENTE

Mortes por enchentes na Ilha de Sumatra ultrapassam 900

As mortes por enchentes na ilha de Sumatra, Indonésia, ultrapassam 900, com o número confirmado em 908 fatalidades segundo a Agência Nacional de Gestão de Desastres (BNPB). Além disso, cerca de 410 pessoas permanecem desaparecidas nas províncias de Aceh, Sumatra do Norte e Sumatra Ocidental, que foram severamente afetadas por chuvas intensas, deslizamentos e enchentes recentes.

A província de Aceh registra o maior número de mortes, contabilizando pelo menos 345 fatalidades e 174 desaparecidos. As equipes de resgate continuam a atuar na região, e o número de vítimas pode aumentar à medida que áreas isoladas tornam-se acessíveis para os trabalhos de busca. A situação é alarmante, uma vez que as condições climáticas adversas ainda persistem e há riscos constantes de novos deslizamentos e enchentes.

A causa das enchentes tem sido atribuída a chuvas torrenciais que inundaram várias regiões da ilha, resultando em grandes deslizamentos de terra e aumento do nível das águas dos rios. Especialistas alertam que o desmatamento nas áreas adjacentes, especialmente na região de Batang Toru, pode ter exacerbado a situação, diminuindo a capacidade do solo de absorver a água da chuva e aumentando a gravidade dos desastres naturais.

O governo indonésio e organizações humanitárias estão mobilizando recursos para atender às vítimas das enchentes. Abrigos temporários estão sendo estabelecidos, fornecendo alimentos, água potável e cuidados médicos para os deslocados. No entanto, a logística de resgate é complicada por acessos difíceis e infraestrutura prejudicada, dificultando a ajuda a comunidades isoladas.

No contexto mais amplo do Sudeste Asiático, as enchentes não apenas em Sumatra, mas também em outros países, como Sri Lanka, Malásia, Tailândia e Vietnã, resultaram em um total de mortos que chega a cerca de 1.770 a 1.790 pessoas. A região é conhecida por ser vulnerável a eventos climáticos extremos, e as previsões indicam que a situação pode não melhorar nas próximas semanas.

Estudos recentes ressaltam a necessidade de uma abordagem mais sustentável na gestão florestal e no planejamento urbano para mitigar os impactos das mudanças climáticas e prevenir desastres futuros. A prevenção deve ser uma prioridade, além da resposta imediata às catástrofes, para garantir a segurança e o bem-estar das populações em risco.

A tragédia em Sumatra destaca não apenas a necessidade de assistência humanitária, mas também a urgência em adotar políticas públicas mais efetivas para enfrentar as consequências das alterações climáticas que afetam a região e muitas partes do mundo.

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