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Cultura em ação: o impacto dos seis anos de gestão pública no setor cultural

Os seis anos de gestão pública no setor cultural no Brasil tiveram impacto significativo, tanto no desenvolvimento econômico quanto na valorização do patrimônio cultural e na geração de empregos. Durante esse período, políticas públicas como a Lei Paulo Gustavo e a Lei Aldir Blanc fomentaram a economia criativa, resultando em um crescimento expressivo do setor cultural e na criação de milhões de postos de trabalho.

A Lei Paulo Gustavo, com um investimento histórico de R$ 3,9 bilhões, gerou um retorno de R$ 6,51 para cada real investido, destacando o efeito multiplicador no desenvolvimento econômico local e social. Este modelo de investimento ampliou o alcance e a diversidade dos projetos culturais, contribuindo para a descentralização da produção cultural e a profissionalização do setor.

Além disso, o setor cultural tem acelerado sua recuperação após o impacto severo da pandemia, que afetou fortemente os trabalhadores da área, com quedas de até 100% no faturamento para metade dos profissionais envolvidos. O investimento público tem sido fundamental para reerguer a economia criativa e ampliar o acesso a ações culturais em todo o país.

Contudo, apesar desses avanços, desafios persistem, como a baixa proporção de recursos destinados à cultura por meio de emendas parlamentares, além de dificuldades estruturais para a execução e pagamento de projetos culturais, o que traz entraves à eficácia dos investimentos públicos. É necessária a implementação de políticas integradas que conectem a cultura com a educação, turismo e economia, para garantir a sustentabilidade e a inclusão social.

Em termos quantitativos, o setor cultural brasileiro empregava mais de 5,5 milhões de pessoas em 2021, respondendo a 5,6% do total de ocupados no país, e movimentava valores bilionários que representam cerca de 3% do PIB. Tal cenário consolida-se como um importante motor econômico.

A gestão pública voltada para a cultura, nos últimos seis anos, mostrou-se um fator decisivo para a valorização das expressões culturais brasileiras e a promoção de um ambiente mais fértil para a criatividade. Com o desenvolvimento de políticas que favorecem a participação de artistas e a diversidade de expressões culturais, houve um fortalecimento da identidade nacional e uma revalorização do patrimônio cultural.

O papel das instituições culturais também foi crucial nesse processo, com a criação de editais e a realização de eventos que têm promovido a cultura em diferentes regiões do Brasil. Essa inclusão permite que vozes que antes eram marginalizadas tenham espaço para se expressar, promovendo um panorama cultural mais abrangente e representativo.

Vale ressaltar que, por meio dessas iniciativas, o setor cultural também tem se mostrado resiliente, mesmo em face dos desafios impostos pela crise sanitária global. O governo e os gestores culturais têm buscado alternativas para a manutenção das atividades, impulsionando não apenas a sobrevivência do setor, mas também sua evolução e adaptação às novas realidades.

Embora os investimentos já realizados tenham gerado resultados positivos, a necessidade de continuidade e aprimoramento das políticas culturais é evidente. O apoio consistente à cultura é essencial, não só para a economia, mas também para o fortalecimento dos laços sociais e da identidade coletiva da população.

Assim, os seis anos de gestão pública no setor cultural não apenas impulsionaram o crescimento econômico, mas também melhoraram a infraestrutura e a profissionalização do setor, promovendo a diversidade cultural. Apesar dos desafios ainda existentes, o potencial do setor cultural como agente de transformação social e econômica é inegável e merece atenção contínua.

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