Uli Hoeness, presidente do Bayern de Munique, fez críticas contundentes à situação financeira do Barcelona, argumentando que o clube catalão não conseguiria competir em outras ligas europeias com o nível de endividamento que possui.
Hoeness comparou a gestão financeira do Bayern com a do Barcelona, destacando as diferenças nas abordagens. Ele afirmou que o Bayern agiu de forma responsável no mercado de transferências, recusando-se a fazer gastos irresponsáveis mesmo quando teria gostado de contratar jogadores de elite como Florian Wirtz. Na ocasião, o dirigente bávaro declarou: \”Claro que gostaríamos de ter o Wirtz, mas sabemos o que temos em caixa. Isso é tão importante quanto o sucesso esportivo. Veja o Barcelona como exemplo. Se você comprar, comprar, comprar… de repente, você tem milhões de euros em dívidas\”.
A situação financeira do Barcelona, que acumula dívidas estimadas em aproximadamente €1,45 bilhão, torna o clube o mais endividado do mundo. Esta crise deve-se a uma gestão deficiente ao longo dos anos, incluindo o pagamento de salários astronômicos aos jogadores durante a chamada \”Era Messi\”, e a queda nas receitas durante a pandemia de Covid-19.
A gravidade dos problemas financeiros do Barcelona se intensificou nos últimos anos. Em 2021, o clube encerrou a temporada com um prejuízo recorde de €555,4 milhões, e desde então a situação não apenas não melhorou, como se agravou ainda mais. O clube possui pendências monetárias em relação às contratações de atletas como Raphinha, Dani Olmo, Jules Koundé, Vitor Roque, Ferran Torres e Robert Lewandowski.
Esse cenário caótico repercute diretamente nas operações do clube. Assim como na temporada anterior, o Barcelona enfrenta dificuldades para inscrever todos os seus jogadores na LaLiga, devido à não adequação aos limites financeiros impostos pela liga. Recentemente, o sueco Roony Bardghji, contratado na última janela de transferências, reclamou publicamente sobre não ter sido inscrito em tempo.
Essas declarações de Uli Hoeness levantam questões sobre a viabilidade a longo prazo do modelo financeiro que o Barcelona adotou, especialmente em comparação com o Bayern, que neste momento colhe os frutos de uma gestão financeira mais equilibrada e prudente. O Bayern tem alcançado êxitos tanto dentro quanto fora de campo, refletindo como uma abordagem responsável e estratégica pode determinar o sucesso de um clube de futebol.
O fato é que as críticas de Hoeness não são apenas uma resposta à situação atual do Barcelona, mas sim uma chamada de atenção para a importância de um modelo financeiro sustentável no futebol. À medida que a pressão aumenta sobre clubes para gastarem de forma mais responsável, o caso do Barcelona serve como um alerta sobre o que pode acontecer quando as ambições financeiras e esportivas ultrapassam a realidade econômica.
Com o futuro do Barcelona em voga e as dificuldades financeiras se acumulando, resta saber como o clube irá enfrentar os desafios que se avizinham e qual será o impacto disso na sua performance esportiva e na sua posição no cenário europeu. Enquanto isso, o Bayern de Munique continua a trilhar um caminho de sucesso, fundamentado em sólidas práticas de gestão financeira.
