
O Brasil está intensificando seus esforços para garantir o acesso à profilaxia pré-exposição (PrEP) de longa duração contra o HIV/Aids, especialmente por meio de acordos com a indústria farmacêutica. Em dezembro de 2025, o país reforçou sua posição de insistir em negociações para incluir essas novas formas de prevenção, como o medicamento injetável cabotegravir, que é aplicado a cada dois meses, no Sistema Único de Saúde (SUS).
Atualmente, a PrEP no SUS é oferecida apenas na forma de comprimidos diários, mas o governo brasileiro reconhece que a versão injetável pode aumentar a adesão e a eficácia da prevenção, especialmente para populações vulneráveis. A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) está avaliando a inclusão do cabotegravir, enquanto o Ministério da Saúde realiza estudos, como a pesquisa ImPrEP CAB, para avaliar os benefícios e desafios dessa nova abordagem.
Apesar do potencial de impacto positivo na redução de novas infecções e na economia de recursos a longo prazo, o principal obstáculo continua sendo o alto custo do medicamento injetável. O Brasil busca negociar preços sustentáveis para garantir acesso equitativo e manter seu histórico de liderança em políticas públicas de combate ao HIV/Aids.
Além do cabotegravir, outras opções de PrEP injetável, como o lenacapavir (administrado a cada seis meses), também estão sendo consideradas como alternativas futuras para ampliar as estratégias de prevenção no país.
Em resumo, o Brasil está determinado a avançar na prevenção do HIV/Aids, mas a incorporação da PrEP de longa duração depende de acordos viáveis com a indústria e de planejamento para garantir sustentabilidade no SUS.



