
A Bolsa de Valores brasileira, representada pelo índice Ibovespa, caiu 4,31% na sexta-feira, 5 de dezembro de 2025, marcando a maior queda diária em quase quatro anos, desde fevereiro de 2021. Essa forte queda reverteu o desempenho positivo dos primeiros dias do mês, levando o índice a fechar aos 157.369,36 pontos.
O movimento foi provocado principalmente pela alta tensão política após a confirmação de que o ex-presidente Jair Bolsonaro indicou seu filho Flávio Bolsonaro como pré-candidato à presidência nas eleições de 2026. O mercado interpretou essa escolha como um enfraquecimento do centro-direita e uma possível divisão no eleitorado, o que preocupou investidores pela menor chance de uma candidatura moderada capaz de realizar ajustes fiscais.
No intraday, o Ibovespa chegou a ultrapassar a marca histórica dos 165 mil pontos, porém sofreu uma queda acentuada na parte da tarde, com perda de quase 8 mil pontos no dia. Bancos foram os setores mais impactados, liderando as perdas, com Itaú Unibanco e Petrobras entre os maiores recuos em valor de mercado. Apenas alguns poucos papéis, como WEG, Suzano, Klabin e Braskem, fecharam em alta, beneficiados pela valorização do dólar.
O dólar comercial teve alta expressiva, chegando a R$ 5,43, o maior valor em quase dois meses, o que também refletiu o ambiente de maior aversão ao risco diante do cenário político turbulento.
Em resumo, a queda de 4,31% do Ibovespa foi a maior desde fevereiro de 2021 e ocorreu num contexto de forte instabilidade política, com reação negativa dos investidores, que também impulsionou a alta do dólar e impactos significativos nos setores bancário e de commodities.



