
A novela “Três Graças”, escrita por Aguinaldo Silva e exibida nas telinhas brasileiras, tem gerado uma série de discussões, especialmente após as críticas contundentes de Zean Bravo, colunista do jornal Extra (da Globo). Bravo expressou sua insatisfação em relação ao núcleo do porteiro da trama, descrevendo-o como “repetitivo e bem chato”. A crítica, que por si só é um reflexo das opiniões do público, assinala um possível descontentamento em relação à narrativa e ao aproveitamento dos personagens.
A crítica de Bravo destaca especialmente o personagem do filho do porteiro, que constantemente filma as situações com seu celular, levando à indagação sobre a falta de limites no armazenamento e a relevância desse traço para a história. Essa avaliação é parte de um conjunto maior de insatisfações expressas por outros jornalistas que cobrem o show. Anna Luiza Santiago, da coluna Play do O Globo, não hesitou em dar nota zero ao enredo das personagens Chica, interpretada por Rejane Faria, e Alaíde, vivida por Juliana Alves, classificando-as de “subaproveitadas” e “irrelevantes”. Além disso, a falta de uma fechadura digital no quarto secreto de Arminda, interpretada por Grazi Massafera, também foi alvo de críticas.
A repercussão nas redes sociais e em fóruns de discussão online demonstrou que muitos espectadores concordam com as críticas. Internautas desabafaram sobre o que consideram um núcleo cômico “chatíssimo” e sem propósito, onde atores talentosos estão sendo mal aproveitados em situações que falham em gerar riso ou conexão emocional. Comentários como “Se esse núcleo não existisse, não faria falta” e “Parece figuração” foram comuns entre as reações do público. A aparente falta de conteúdo relevante nas interações e a predominância de fofocas acabaram se tornando um ponto central de descontentamento, levando a um clamor por uma narrativa mais envolvente e autêntica.
Diante da avalanche de críticas, a Rede Globo decidiu adotar uma postura proativa ao ajustar a exibição de “Três Graças”. Em resposta ao feedback negativo, a emissora optou por reduzir o tempo de tela do núcleo cômico, acelerando as tramas principais e considerando ajustes na faixa horária da novela na tentativa de melhorar a audiência. A decisão reflete um entendimento de que a recepção da novela não tem sido favorável entre os telespectadores, especialmente em relação ao núcleo avalizado como problemático.
A novela, embora envolva outros personagens que têm recebido elogios do público, como Josefa, interpretada por Arlete Salles, ainda enfrenta um desafio significativo com um de seus núcleos mais visíveis. O roubo da estátua na mansão de Arminda, programado para ser exibido neste sábado (13), é um dos pontos que promete chamar a atenção e, quem sabe, revitalizar o enredo, pelo menos temporariamente.
Em suma, a crítica a “Três Graças” revela não apenas a opinião de um jornalista, mas um reflexo do que muitos fãs e críticos de TV sentem em relação à qualidade da produção. Com a permanência dessas discussões e a necessidade de ajustes, o futuro da novela dependerá de como a produção atenderá a essas expectativas e exigências do seu público.


