
O Acordo de Paris, adotado em 12 de dezembro de 2015 durante a Conferência das Partes (COP21) da UNFCCC, completa 10 anos em 2025, firmando-se como um marco significativo na cooperação internacional no combate às mudanças climáticas. No entanto, essa data é comemorada com um alerta significativo: as metas estabelecidas pelas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) dos países signatários são consideradas insuficientes para alcançar os objetivos climáticos desejados.
O Acordo estipula como meta a limitação do aquecimento global em até 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. Embora os avanços ao longo da última década tenham reduzido as projeções de aumento de temperatura globais de 4°C para cerca de 2,5°C, a situação atual ainda desperta preocupação. As emissões de gases de efeito estufa continuam elevadas, e a urgência de ações mais decisivas se torna cada vez mais evidente.
A data comemorativa do Acordo de Paris foi marcada por reflexões durante as sessões temáticas da COP30, onde especialistas e delegados de várias nações discutiram a importância de adotar ações nacionais mais robustas. Apesar dos progressos em termos de multilateralismo climático, a necessidade de maior ambição nas NDCs foi um tema central das discussões, conforme destacado pelo embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30.
Organizações, como o WRI Brasil, enfatizaram a importância de celebrar as conquistas alcançadas até o momento, mas também ressaltaram as lacunas que ainda precisam ser preenchidas. Essas reflexões não apenas comemoram a data, mas também são um chamado à ação para que os países intensifiquem suas abordagens em relação às mudanças climáticas.
As NDCs, que são compromissos nacionais de cada país signatário para reduzir suas emissões, têm se mostrado insuficientes para enfrentar de maneira eficaz a crise climática. O foco em soluções inovadoras e a implementação de políticas mais agressivas são fundamentais para que os objetivos do Acordo de Paris possam ser atingidos.
À medida que o mundo se aproxima do seu décimo aniversário, o Acordo de Paris novamente se coloca como uma plataforma vital para a discussão e ação global em relação às mudanças climáticas. A pressão continua, e ante a magnitude da crise climática, o tempo para inação se esgota rapidamente.
Assim, os próximos anos serão cruciais para determinar o futuro das políticas climáticas globais e a capacidade das nações de se unirem em torno de um objetivo comum: impedir que o aquecimento global alcance níveis devastadores e, mais importante, garantir um planeta seguro e habitável para as futuras gerações.


