
A prévia da inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), ficou em 0,20% em novembro de 2025. O resultado trouxe o acumulado em 12 meses para 4,5%, que é o limite máximo da meta estabelecida pelo governo brasileiro. Este é o primeiro registro dentro da meta desde janeiro de 2025, um dado significativo em um cenário inflacionário que havia permanecido acima das expectativas por vários meses.
De acordo com o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação fixada está em 3% ao ano, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Isso significa que o teto permitido é de 4,5%. A redução do acumulado para este patamar indica que a inflação oficial voltou a se alinhar com as previsões do governo, algo considerado crucial para a recuperação econômica.
O resultado de 0,20% referente ao mês de novembro representa uma leve alta em comparação ao mês anterior, onde o índice foi de 0,18%. Essa elevação foi impulsionada principalmente pelos aumentos nas despesas pessoais, destacando-se os custos com hospedagens e pacotes turísticos. O comportamento desses preços reflete a dinâmica do setor de serviços, que tem registrado variações significativas nos últimos meses.
Além disso, as expectativas do mercado financeiro em relação à inflação para o encerramento de 2025 se mostram otimistas, com projeções apontando para uma taxa em torno de 4,45%, ainda dentro do limite da meta. Essa expectativa influencia diretamente a política monetária, especialmente as projeções sobre a Selic, a taxa básica de juros. A desaceleração da inflação e da economia são fatores que contribuem para a possibilidade de cortes na Selic no próximo ano, oferecendo uma perspectiva de alívio para os consumidores e para o mercado em geral.
O impacto dessas projeções vai além da esfera econômica, atingindo a confiança do consumidor e a disposição para investimentos. Com a inflação se mostrando mais controlada, os consumidores podem se sentir mais seguros para realizar gastos, o que por sua vez, pode estimular a atividade econômica.
Em resumo, os dados dessa prévia de 0,20% em novembro indicam um avanço significativo na contenção da inflação, permitindo que o IPCA-15 acumulado em 12 meses atinja os 4,5%. O retorno da inflação oficial dentro da meta do governo é um indicativo positivo para a política econômica e monetária do Brasil, refletindo esforços por parte das autoridades em garantir a estabilidade financeira e econômica do país, especialmente em um contexto de recuperação pós-pandêmica.



