Neste 1º de dezembro de 2025, o Brasil celebra significativos progressos no combate ao HIV e à aids em comemoração ao Dia Mundial de Luta contra o HIV. A data, que é uma oportunidade para refletir sobre os avanços alcançados e os desafios que ainda permanecem, testemunha conquistas notáveis que colocam o país em destaque mundial na luta contra o vírus.
Um dos principais marcos é a confirmação de que o Brasil eliminou a transmissão vertical do HIV, isto é, a transmissão do vírus de mãe para filho durante a gestação, o parto ou a amamentação. Esta conquista faz com que o país se torne elegível para receber a certificação da Organização das Nações Unidas (ONU) de país livre desse tipo de transmissão. Esse avanço é resultado de uma combinação de políticas públicas eficazes, acesso universal a testes e tratamentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e uma mobilização social contínua.
Além da eliminação da transmissão vertical, o Brasil apresenta a menor taxa de mortalidade por aids dos últimos 32 anos. Essa redução expressiva reforça o impacto positivo das estratégias de prevenção e tratamento adotadas pelo país, em especial a prevenção combinada. O uso de preservativos, a profilaxia pré-exposição (PrEP) e a profilaxia pós-exposição (PEP) têm se mostrado eficazes no controle da disseminação do HIV, permitindo que mais pessoas tenham acesso a métodos preventivos.
No âmbito do tratamento, o Brasil tem investido na modernização das terapias, reduzindo a quantidade de comprimidos diários que as pessoas vivendo com HIV precisam tomar. Atualmente, a maioria dos tratamentos pode ser feita com um único comprimido ao dia, melhorando significativamente a adesão e a qualidade de vida dos pacientes.
Para marcar o Dia Mundial de Luta contra o HIV, o Ministério da Saúde lançou a campanha “Nascer sem HIV, viver sem aids”, enfatizando a importância dos avanços científicos e das políticas públicas na proteção das novas gerações. Em adição, foi inaugurada a exposição “40 anos da história da resposta brasileira à aids”, que celebra quatro décadas de iniciativas, progressos no combate à doença e a mobilização social que manteve a luta viva.
A campanha deste ano visa não apenas reforçar as conquistas, mas também promover a conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce, do tratamento adequado e da continuidade das ações de prevenção. Apesar dos avanços, o estigma e a discriminação ainda são barreiras que precisam ser enfrentadas, refletindo a necessidade de um discurso que una ciência e direitos humanos na luta contra a aids.
O Brasil tem se posicionado como uma referência internacional na resposta ao HIV/aids, evidenciando que a combinação entre ciência, políticas públicas e reconhecimento dos direitos humanos pode salvar vidas e contribuir para a erradicação da aids como uma ameaça à saúde pública. Neste Dia Mundial de Luta contra o HIV, a mensagem é de esperança e um chamado à ação contínua e coletiva.
De acordo com dados da UNAIDS, o Brasil, junto com outros países, formará uma coalizão para fortalecer a implementação de estratégias que garantam o acesso à saúde de qualidade e a educação sobre o HIV. Esta iniciativa se destaca como um passo importante em direção a um futuro onde o HIV não seja uma sentença de morte, mas sim uma condição gerenciável.
A luta contra o HIV e a aids no Brasil é uma história de resistência, avanços médicos e compromisso social. Comemorando conquistas ao longo das últimas décadas, o país continua a traçar um caminho de esperança, solidariedade e inovação na luta pela saúde de todos os cidadãos.
