
Mais de 30 países estão exigindo, na COP30, a inclusão de um plano ou mapa do caminho para o abandono justo, ordenado e equitativo dos combustíveis fósseis no texto final da conferência climática da ONU. Eles ameaçam bloquear o acordo caso a proposta atual não contemple esse roteiro para a transição global longe do petróleo, gás e carvão, apontando que o atual rascunho não atende às expectativas mínimas para um resultado credível.
Esse grupo inclui países como França, Alemanha, Reino Unido, Colômbia e Bélgica, que enviaram uma carta conjunta à presidência da COP30, presidida pelo Brasil, pedindo revisão da proposta para que contenha metas claras e um plano de trabalho quantificado para os próximos anos (2026, 2027, 2028), considerando também o financiamento e apoio a países em desenvolvimento para essa transição. A urgência do tema tem sido destacada por cientistas apoiando uma ação rápida e coordenada.
Por outro lado, países grandes produtores e consumidores de combustíveis fósseis, como China, Índia, Rússia, Nigéria e Arábia Saudita, rejeitaram a proposta do roteiro. A divisão entre nações desenvolvidas e em desenvolvimento aparece de forma acentuada, resultando em tensões que devem ser superadas se houver esperança para um acordo efetivo na COP30.
O Brasil lidera a iniciativa pela construção desse mapa do caminho e conta com amplo apoio internacional oficial de mais de 80 países, incluindo nações do Norte e do Sul global como Alemanha, Dinamarca, Reino Unido, Quênia, Serra Leoa e Ilhas Marshall. O presidente Lula convocou a cooperação para estabelecer um calendário global para abandonar os combustíveis fósseis, reforçando a importância do multilateralismo climático e da necessidade de financiamento e diversificação econômica para esta transição.
O cenário atual exige um compromisso concreto dos países para que um futuro sustentável se torne realidade. Especialistas alertam que a transição para energias renováveis deve ser acelerada para evitar os piores efeitos das mudanças climáticas, evidenciando a necessidade de planos claros que contemplem simultaneamente o desenvolvimento econômico e a sustentabilidade ambiental.
Em resumo, existe uma coalizão significativa de mais de 30 países que exige um plano concreto para o fim dos combustíveis fósseis na COP30, considerando essa condição essencial para apoiar o texto final do acordo climático. A negociação permanece desafiada pela divergência entre países que pressionam por uma transição acelerada e outros que resistem a compromissos mais rigorosos.



