ECONOMIA

Inflação do Aluguel Registra Queda de 0,11% em 12 Meses: Primeiro Recuo Desde Maio de 2024

A inflação do aluguel, medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), apresentou uma redução de 0,11% nos últimos 12 meses até novembro de 2025. Este representa o primeiro registro de recuo desde maio de 2024, trazendo um alívio significativo para inquilinos e investidores do setor imobiliário.

O IGP-M de novembro de 2025 foi fixado em 0,27%, um aumento em relação ao índice de outubro, que havia caído para 0,36%. Embora o índice tenha apresentando um pequeno crescimento mensal, a variação acumulada em um ano se revela negativa, significando que os contratos de aluguel que se baseiam nesse indicador não sofrerão aumentos, mantendo seus valores estabilizados.

A principal motivação para tal redução está ligada à deflação nas matérias-primas e nos produtos primários, bem como à valorização do real frente ao dólar, que fez com que os custos no atacado diminuíssem. Essa tendência de queda no preço das commodities e insumos foi crucial para a desaceleração da inflação já no final do ano passado.

Históricos de variações do IGP-M mostram sua relevância em contratos de locação, o que, por sua vez, acaba por refletir na economia doméstica. De acordo com especialistas, essa mudança representa uma virada em relação aos crescimentos verificados nos últimos anos, que haviam pressionado o orçamento das famílias.

O economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), instituição responsável pelo cálculo do IGP-M, comentou que “uma inflação mais civilizada para os aluguéis é um reflexo tanto da política monetária recente quanto da recuperação gradual da economia nacional, que ainda enfrenta desafios.”

Além disso, a expectativa é que, com a estabilidade dos preços, o mercado imobiliário possa retomar seu crescimento, facilitando a negociação e atraindo novos investimentos. Os proprietários de imóveis devem reavaliar suas estratégias, considerando essa nova realidade econômica onde o ajuste automático a partir do IGP-M pode não ser mais tão vantajoso.

De acordo com dados recentes, o IGP-M acumulou uma variação anual negativa, possibilitando uma visão otimista aos inquilinos, que por muitos anos conviveram com ajustes anuais que frequentemente ultrapassavam a inflação geral. Agora, com a possibilidade de estabilização nos valores de aluguéis, tanto locatários quanto locadores terão que encontrar um novo equilíbrio que beneficie ambas as partes.

A queda na inflação do aluguel também retoma um debate sobre políticas de habitação e acessibilidade no Brasil. A importância de ter aluguéis justos e acessíveis nunca foi tão relevante, e essa diminuição pode influenciar as decisões políticas em relação a regulamentações futuras neste setor.

Por fim, é imprescindível que tanto locadores quanto locatários se mantenham informados sobre o cenário econômico e monitorar o comportamento do IGP-M nos próximos meses, visto que isso pode afetar diretamente seus interesses financeiros e a condição do mercado imobiliário como um todo.

Portais especializados continuam a acompanhar as flutuações do IGP-M e seu impacto nas diferentes esferas da economia brasileira. Para mais detalhes e cálculos relacionados ao reajuste do aluguel, é possível consultar as ferramentas online que oferecem suporte aos inquilinos nessa adaptação a essa nova realidade econômica, considerando as últimas variações do índice.

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